A medicina hoje tem se tornado uma profissão que atrai muitas pessoas e muitos intermediários, os chamados planos de saúde.
Pacientes ficam sem ter uma orientação de quando devem parar ou continuar com os exames necessários e/ou quando devem manter ou não as medicações.
Os intermediários lucram muito, pois sugam os usuários e os prestadores de serviço. Planos de saúde que a dez anos atrás utilizavam uma pequena área numa residência alugada, hoje possui um prédio de vários andares. Claro, todos tem o direito de progredir e evoluir. Entretanto os usuários e os prestadores de serviço não evoluem na mesma proporção.
Recentemente li algo sobre uma criança que devido a desmaios com ausência usava medicação específica. Deixou de tomar os medicamentos porque os familiares perderam o contato com o profissional neurologista. A rotatividade dos profissionais especializados, no plano, fez com que perdessem o foco da orientação.
Atualmente a criança teve dois episódios de queda e em seguida gradativamente foi perdendo o controle dos membros inferiores.
Então. Mesmo perdendo o contato com o profissional que iniciou o tratamento e prescreveu os primeiros medicamentos, não deixar de procurar outro da mesma especialidade para dar sequencia. Em qualquer especialidade e mais ainda na de neurologia.
Sérgio Toledo
Sobre
Médico ortopedista e do esporte. Pioneiro no alongamento ósseo, transplante de tendões e neurorrafia, como também no tratamento por ondas de choque.
Formado em 1972, pela Faculdade de Ciências Médicas de Pernambuco, hoje UPE.
Pós graduação no IOT (Instituto de Ortopedia e Traumatologia) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.
Concursado do antigo INAMPS, hoje Ministério da Saúde, já estando aposentado. Atendeu por muito tempo no PAM Salgadinho.