Tenho defendido que o Congresso Brasileiro de Ortopedia e Traumatologia, CBOT, seja bianual. As diversas direções da nossa sociedade de especialidade, porém persistem com a ideia de congresso anual.
Para complicar mais ainda o congresso de 2018 que será em novembro foi marcado para a cidade do Rio de Janeiro. Com certeza o 50º. CBOT não terá o brilhantismo que merece.
O Rio de Janeiro continua lindo, como diz a melodia, já os políticos que dirigem a chamada Cidade Maravilhosa, são de baixa qualidade. Claro, com pequenas exceções, para confirmar a regra.
A marginalidade que denigre, não tem nada a ver com a população ordeira, trabalhadora, simpática, cortes dos cariocas.
Quem irá ao CBOT? Todos que por ventura tenham a coragem de lá comparecer, deverão levar segurança particular, fechar o corpo e pedir toda a santa proteção.
O dinheiro que o governo federal está despejando na cidade e no estado Fluminense não irá com certeza trazer de volta o sossego em curto e médio prazo. O efeito será de “meia sola”, pois sem um planejamento em longo prazo nada será definitivo. Já tivemos isso nos jogos Olímpicos e na Copa do Mundo.
Antigamente quem mandava na cidade das praias e dos morros era o jogo do bicho que também agia no carnaval. Agora a marginalidade das drogas faz a festa. Um amigo meu fala que para existir todo o poder das drogas como existe no Rio tem que haver um envolvimento da justiça, da política, da policia e por último dos traficantes que são os menores na escala.
Sérgio Toledo
Sobre
Médico ortopedista e do esporte. Pioneiro no alongamento ósseo, transplante de tendões e neurorrafia, como também no tratamento por ondas de choque.
Formado em 1972, pela Faculdade de Ciências Médicas de Pernambuco, hoje UPE.
Pós graduação no IOT (Instituto de Ortopedia e Traumatologia) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.
Concursado do antigo INAMPS, hoje Ministério da Saúde, já estando aposentado. Atendeu por muito tempo no PAM Salgadinho.