Os termos técnicos são muito bem definidos.
Os apelidos são dados por leigos e às vezes até por profissionais da saúde, porém alguns colam e não desgrudam.
Trabalhei algum tempo na UPA de Caruaru e fiquei sem entender inicialmente, um novo termo. Resvalão?! Sim os caruaruenses identificam a entorse com um resvalo e daí o resvalão.
Nós profissionais da saúde temos então a obrigação de colocar “ordem na casa”.
Toda e qualquer falha na continuidade óssea é chamada de fratura. Ponto. Podendo ser completa, incompleta, com desvio, sem desvio, traumática, patológica, aberta (exposta) ou fechada.
O que muda é o tratamento. Podendo ser cirúrgico ou não cirúrgico também chamado conservador.
Em um ser humano normal que não atleta profissional ou de competição, uma fratura incompleta e sem desvio da base do V metatarso pode ser tratada conservadoramente. Em atleta de alto nível, de competição e de importância para um torneio mundial não se discute: cirurgia para fixação e melhor recuperação e em menor tempo sem possibilidade de não consolidação.
Falou e explicou bem o médico da seleção brasileira masculina de futebol profissional. O resto é especulação, falta de conhecimento técnico e/ou querer aparecer.
Acredito que tudo correrá bem e que o prazo dado calcado dentro do que a literatura contém poderá ser abreviado.
Sérgio Toledo
Sobre
Médico ortopedista e do esporte. Pioneiro no alongamento ósseo, transplante de tendões e neurorrafia, como também no tratamento por ondas de choque.
Formado em 1972, pela Faculdade de Ciências Médicas de Pernambuco, hoje UPE.
Pós graduação no IOT (Instituto de Ortopedia e Traumatologia) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.
Concursado do antigo INAMPS, hoje Ministério da Saúde, já estando aposentado. Atendeu por muito tempo no PAM Salgadinho.