Sérgio Toledo
Paralisia obstétrica ou PO.
Lesão do plexo braquial quando do parto. 1 a 3: 1.000 nascidos vivos podem ser afetados.
A medicina vem evoluindo com técnicas e treinamentos para que não aconteça. Porém a estatística não perdoa. Os casos ainda existem. Por quê? Com a palavra os especialistas na área.
Lesão seríssima para o recém-nato, pois produz sequelas associadas. Existe um protocolo para o atendimento a classificação o diagnóstico e por fim o tratamento correto.
Em 1872 Duchenne, em 1874 Erb e em 1885 Klumpke descreveram a lesão cada qual especificando mais a mesma.
Em alguns casos temos uma recuperação de 90% em até 60 dias. Em outros não. Podendo chegar até a cirurgia.
Para o diagnóstico por imagem ressonância. Pelo teste dos nervos a ENMG. Confirmada a lesão do plexo braquial a cirurgia necessita ser realizada nos primeiros 60 dias.
O que os obstetras e suas equipes terão que ter em mente é que essa lesão não pode ser produzida, mesmo que o parto seja trabalhoso e o feto tenha tamanho avantajado ou se apresente de pelve. As manobras existem para que nada seja produzido ao feto em hipótese alguma. Até a fratura de clavícula que é nesse caso, considerada benigna, pode ser realizada. Não podendo haver a fratura da clavícula e mais a lesão do plexo braquial.
Fica aqui um recado para que a estatista cada vez mais seja diminuída e os fetos sejam cada vez mais protegidos.
Sérgio Toledo
Sobre
Médico ortopedista e do esporte. Pioneiro no alongamento ósseo, transplante de tendões e neurorrafia, como também no tratamento por ondas de choque.
Formado em 1972, pela Faculdade de Ciências Médicas de Pernambuco, hoje UPE.
Pós graduação no IOT (Instituto de Ortopedia e Traumatologia) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.
Concursado do antigo INAMPS, hoje Ministério da Saúde, já estando aposentado. Atendeu por muito tempo no PAM Salgadinho.