Alisson Barreto
VISÕES E OCULTOS RISCOS À ALMA
Por Alisson Francisco
Há pessoas que dizem ver vultos ou pessoas mortas, mas será que em todos os casos são problemas de origem psiquiátrica ou psicológica? Por que evitar e o que fazer para se proteger?
Festejar o dia das bruxas; meter o dedo no bolo; olhar horóscopo; fazer figa; bater na madeira; brincar de copo; colocar uma árvore de pimenta ou de alho e sal; em fim de ano, comer romã ou vestir amarelo; alisar a barriga da estátua de Buda; aceitar bala de “cosme-e-damião” (na verdade, Ibejis da Umbanda); usar pé de coelho ou olho de hórus ou olho grego); entrar com o pé direito; não passar debaixo de escada... Será que isso tudo é mesmo inofensivo ou poderia trazer proteção ou desgraça?
À primeira pergunta, é importante analisar as possíveis causas naturais, explicáveis pela ciência, antes de ousar afirmar tratar-se de causas sobrenaturais. Em seguida, analisar se realmente é uma explicação baseada em experimentos científicos ou uma afirmação mitológica disfarçada de opinião de cientista. Paralelamente, é possível observar sinais dos acontecimentos que podem ter relações ou não com questões científicas, separando-as.
Não vou entrar em aprofundamento de metodologia de pesquisa, mas vamos refletir (autor e leitor) em algumas questões que atingem muitas pessoas e, lamentavelmente, muitas ficam sem resposta por onde andam ou andam em locais que oferecem confortos, mas escravizam suas almas, incentivando o erro, em vez de tratar.
Em alguns casos, procurada a ajuda médica, o paciente pode ser entupido de medicamentos sem que se tenha resultado satisfatório. Em outros, a pessoa fica sendo assombrada por diversas situações incômodas a ponto de gerar de insônias a acidentes.
Alguns reagem pelos sentimentos e, se objetos e locais sacros lhe causam mal-estar, apenas evitam-nos. Depois, percebem que há locais que aparentam ser espiritualizados e recebem um conforto, passando a gostar de conviver com as perturbações, achando-se até especiais por isso. Assim, muitos mergulham de cara em ocultismos, espiritismos, magias ou mesmo cultos de repetição de suposta expulsão de demônios. Mas o Mal permanece conseguindo o que quer, gerando alguns sofrimentos e muito afastamento das coisas sacras.
Para responder à segunda e à terceira perguntas, é necessária uma análise mais criteriosa. Note, caro leitor, que – a essa altura – o uso de medicamentos não lhe restitui a qualidade de vida e a busca de realidades teatrais (protestantismo de show) ou práticas mágico ocultistas não libertam o indivíduo de tais perturbações.
Antes de procurar um padre exorcista, que tal procurar identificar algumas práticas que protegem de tais escravidões? Sim, escravidões, porque, de abertura em abertura ao ocultismo, o cidadão vai sendo domado pelas forças que se utilizam da energia de infração para tomar conta do infrator ou para perturbar quem toma para si algum objeto oriundo da infração a normas de não superstição ou outra que também atente contra os mandamentos da Lei Soberana. Por meio de revelação, Deus deu ao homem leis que o ligam a Deus e o protegem do Maligno. A tentação é o instrumento do Maligno para convencer um ser uma infração: ela pode acontecer pela sedução dos sentidos, sentimentos ou argumentos (falaciosos, mas que podem ter aparência de verdade, convencendo) ou pelo medo de uma força ou situação que pareça ser maior do que as forças do indivíduo tentado. As sensações de gosto, orgulho, prazer ou medo podem levar o indivíduo a esquecer-se de Deus e procurar o bastar-se a si próprio ou satisfazer-se com algo fora de Deus. Então, o homem peca e abre espaço para a ação do Maligno.
O que afasta uma pessoa do pecado protege-a do Maligno. O inverso também é verdadeiro: o pecado abre espaço para a ação dos demônios. Isso é perceptível pelas próprias características dos efeitos do pecado: (1) vício, escravidão e cegueira, e também (2) tendência a tornar a pecar. A tendência a tornar a pecar é chamada de concupiscência. A repetição do pecado gera um vício, que escraviza e gera um relaxamento da consciência da gravidade do pecado, a cegueira espiritual, a qual favorece a prática do pecado e o estímulo a pecar. Nesse nível, pessoas cegas espiritualmente tendem a defender a prática de determinados pecado, inclusive, voltando-se contra quem é contra a sua prática.
Há pecados que atentam contra as criaturas em geral, contra as criaturas humanas e contra Deus. Sabe-se que todos pecados são infrações contra toda a Lei de Deus. Assim, por ex., se, injustamente, alguém bate em um idoso, comete diretamente uma infração contra o mandamento de não matar (que inclui a proteção à integridade física) e também contra toda a lei de Deus, afinal, com tal ato, ela desonra os pais, e atenta contra Deus, pois Ele é o Autor da Lei que proíbe matar e preceitua amar.
Na ordem das questões espirituais, é importante observar a gravidade das infrações ligadas ao ocultismo, pois elas atentam diretamente contra o primeiro mandamento do Decálogo. Isso faz com que uma pessoa que freqüente um culto politeísta (ex.: Candomblé, Macumba etc.) ou busque solução de problemas por meio de evocação dos mortos, superstição (ex.: árvores de dentes de alho, pimenta, figa, ferradura, pé de coelho, olho grego, olho de hórus, comer algo para dar sorte, pular ondinhas, etc.), signos, passes, feitiços e magias (brancas ou negras não importa, tudo é magia. Ex.: tarô, brincadeira do copo ou de letrinhas), dentre outras práticas, infringem o mandamento diretamente ligado a Deus e, por conseguinte, dá poder ao Diabo e seus demônios (anjos decaídos, expulsos definitivamente do Céu e condenados eternamente ao Inferno) sobre a pessoa infratora.
Há também os casos em que a pessoa não participa diretamente de determinados cultos, mas aceitam presentes oriundos deles e, por conseguinte, contaminados, muitas vezes consagrados ao Maligno. Assim, por ex., aceitar um confeitinho dito de cosme-e-damião (na verdade, nada tem a ver com Santo Cosme nem com São Damião) é um meio de contaminação, pois na verdade são lembrancinhas de Ibejis, entidades pagãs ligadas a cultos politeístas africanos.
Assim, tais práticas devem ser veementemente evitadas, o que protegerá o indivíduos de muitas doenças psiquiátricas e espirituais. Caso o leitor já tenha cometido alguma dessas infrações, procure um confessionário, urgentemente.
Algumas dessas pessoas que passam por práticas como as citadas acima, acabam por não se sentirem bem em ambientes religiosos, chegando até mesmo a terem ânsia de vômito. Tais pessoas tendem a não se sentirem bem em rezar um terço, ir a uma missa ou adoração ao Santíssimo. Se a pessoa tem uma reação negativa ao receber água benta ou manifesto incômodo diante do nome da Virgem Maria também é um sinal de atenção. Se essas coisas acontecem, a pessoa pode estar precisando, urgentemente, da ajuda de um padre.
Se vai buscar ajuda de um padre, se possível, procure um que zele pelo respeito às normas dos Papas e da Santa Igreja. E isso pode ser observado no cumprimento da liturgia, no comportamento respeitoso para com as pessoas e com o próprio sacerdócio, no amor à Virgem Santíssima e na dedicação a Jesus Eucaristia. Seja como for, não perca tempo!
Procurando não ficar demasiado extenso, termino por aqui esta nossa reflexão.
Um santo abraço, no amor de Maria e na paz de Nosso Senhor Jesus Cristo!
PAX ET BONUN!
Brasília, 24 de janeiro de 2017.
Alisson Francisco Rodrigues Barreto, Amme[1]
Principais locais de publicação digital do autor:
[] Página do Facebook: @Amme33 (Amme – Amigos Marianos Missionários da Eucaristia)
[] Blog: A Palavra em palavras (http://tribunahoje.com/blogs/51/a-palavra-em-palavras)
PS: coloquei, propositadamente, algumas imagens religiosas no texto. Como você se sente ao vê-las? Ora et labora!
Palavras-chave: amuletos, signos, feitiçaria, bruxaria, evocação, dedo no bolo, confeitos de candomblé, brincadeira do copo, espiritismo, imagem de Buda, elefante, figa, contaminação, infestação, possessão
[1] Poeta, filósofo; bacharel em Direito, pós-graduado; missionário católico vocacionado; membro fundador dos Amigos Marianos Missionários da Eucaristia – Amme e da Pia Escuderia de Sigmaringa.
Alisson Barreto
Sobre
Alisson Francisco Rodrigues Barreto é poeta, filósofo (Seminário Arquidiocesano de Maceió), bacharel em Direito (Universidade Federal de Alagoas), pós-graduado em Direito Processual (Escola Superior de Magistratura de Alagoas), com passagens pelos cursos de Engenharia Civil (Universidade Federal de Alagoas) e Teologia (Seminário Arquidiocesano de Maceió). Autor do livro “Pensando com Poesia”, escritor na Tribuna com o blog “Alisson Barreto” (outrora chamado de “A Palavra em palavras”), desde 2011. O autor, que é um agente público, também apresenta alguns dos seus poemas, textos e reflexões, bem como, orações no canal Alisson Barreto, no Youtube, a partir do qual insere seus vídeos aqui no blog.