Alisson Barreto

HOH das discussões

Alisson Barreto 26 de abril de 2016

HOH das discussões

O perigo dos extremos

Um dos problemas da sociedade atual é a tentativa de combater os extremos com extremos que se lhes assemelham pelo lado oposto. Será que o leitor está no H da direita ou no H da esquerda? E, nesse ínterim, onde fica o oxigênio de que tanto necessitamos?

Antes que me acusem de não escrever na terceira pessoa ou de quebrar a uniformidade de tratamento, saibam que quando falo “nós” estou unindo-me ao leitor e não querendo me sentir um agrupamento de pessoas. Estou em um agrupamento, onde o leitor se inclui. E, nesse blog, uso a primeira pessoa sem medo; pois uma das qualidades de um blog é a interação, fazendo-se próximo do leitor. Dito isso, voltemos para o texto propriamente. (rsrss)

Os compostos ácidos começam com H e os básicos terminam com OH. A água começa com H e termina com OH, sendo representada por H2O (dispostos como H-O-H). Acontece que muitos, na política, dizem que o certo é ser de direita e odeiam os da esquerda e muitos fazem o inverso: consideram que o certo é ser da esquerda e odeiam os da direita.

Mas onde encontrar a vida que a água dá no embate entre ácidos e básicos? O H sozinho é profundamente inflamável e para que a combustão ocorra basta oxigênio e faísca. Ora, porém, o mesmo oxigênio pode ser usado para gerar uma combustão ou para a respiração, para a morte ou para a vida. O fogo que pode salvar uma vida da hipotermia pode matá-la na combustão.

Certa vez, na Polônia, um um jovem estava muito preocupado por seu país ter sido invadido pelos nacionais socialistas da Alemanha (ou seja, nazistas). Um sacerdote respondeu a este jovem cujo nome era Karol Wojtila: se o amor não vencer, o mal combatido desaparece com um nome e reaparece com outro. Dito e feito: a URSS invadiu a Polônia e expulsou os nazistas; mas o resultado para os poloneses foi a mudança de um sofrimento infernal para outro.

Em Cuba, o povo sofria com uma ditadura, a qual foi deposta e ali foi instaurada uma outra ditadura: a marxista.

O marxismo mudou de máscara. Não conseguindo queimar todos os livros do mundo que lhes pudessem desmascarar, resolveram investir no convencimento disseminado no mundo, inserindo doutrinadores em universidades e escolas mundo afora. A cortina de ferro parecia ser derrubada, mas os germes do comunismo estava sendo lançado por todo o planeta.

Muitos não se deram conta, mas o Mal joga xadrez!

No Brasil, muitos estão num perigoso jogo de direita contra esquerda, partido A contra partido B. E não se dão conta que se trata de uma luta eterna pelas virtudes contra uma luta de interesses (egoísticos, ideológicos, financeiros etc.). Se o Bem não vencer, o Mal mudará de vermelho para azul, de azul para amarelo, de amarelo para verde, mas continuará fazendo seus estragos.

Triste do homem cujos esforços são para combater outros homens, pois independentemente de que lado de homens eles estiverem, estarão do lado do Mal. Nosso combate não é contra homens, mas contra as forças corruptoras do Maligno.

Que Deus nos ajude e não desistamos do Bem, não desistamos do amor, nem de defender as famílias, nem a pátria e, em hipótese alguma, deixar de amar a humanidade!

Senhor, dai-nos de beber de Vossa água e que o Vosso Sangue nos guie no amor!

Maceió, 26 de abril de 2016.

Alisson Francisco Rodrigues Barreto[1]

[1] Blogueiro da Tribuna, poeta, filósofo, bacharel em Direito, pós-graduado em Direito Processual.