
ESTUDO APONTA INVASÃO DA TILÁPIA NO MAR
Surgimento da espécie de água doce nos oceanos pode causar impactos ambientais negativos, dizem especialistas; Sebrae tem consultoria para melhoramento da criação e Alagoas será pioneiro em projeto de inovação na aquicultura com apoio da instituição
Por Lucas França e Valdete Calheiros - Repórteres / Bruno Martins: Revisão / Adailson Calheiros: Foto da capa | Redação
A expressão “o mar não está para peixe” pode encontrar explicação nas tilápias. A espécie está invadindo o mar, espalhando-se pela costa brasileira e, segundo pesquisadores, pode comprometer a preservação do ecossistema marinho, onde os animais estão adaptados ao habitat natural de águas salgadas. A preocupação é que as tilápias passem a competir por alimento com os peixes nativos.
Em Alagoas, ainda não há registros oficiais desse comportamento, o que, no entanto, não significa que o fenômeno não esteja ocorrendo, conforme destacou a ecóloga Ana Clara Sampaio Franco, líder da pesquisa. Ela é doutora em Ecologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pesquisadora da Universitat de Girona, na Espanha.
A reportagem do portal Tribuna Hoje entrou em contato com a pesquisadora. Segundo ela, o estudo não teve coautores sediados no estado de Alagoas; no entanto, ela não soube informar se algum coautor é natural de Alagoas.
Pesquisadores brasileiros de 11 instituições publicaram um estudo pioneiro que traz evidências de que a tilápia, originária de água doce, está conseguindo se adaptar a ambientes salobros. O trabalho, publicado na revista científica Aquatic Ecology, reúne uma série de registros sobre o tema.
O objetivo do estudo é, segundo os pesquisadores, alertar sobre o fenômeno para que os órgãos de monitoramento e fiscalização identifiquem o que desencadeou a invasão de tilápias no mar. Assim, ações preventivas podem ser realizadas para reduzir os impactos ambientais.
Com o título “Tilápias que se aventuram em ambientes de elevada salinidade: um motivo de preocupação?”, o artigo reforça a importância do controle de espécies exóticas invasoras.
Na avaliação de Ana Clara Sampaio Franco, o fato de as tilápias estarem chegando à costa indica, basicamente, que há sistemas de aquicultura em rios conectados a esses sistemas marinhos.
“Provavelmente, as tilápias são carregadas pela chuva. A espécie tolera bem a salinidade desses sistemas e, inclusive, em baias, se estabelece por bastante tempo”, teorizou. Segundo a pesquisadora, é difícil prever os impactos sobre a pesca na região.
A tarefa de identificar o que motivou o fenômeno está ligada à falta de informações sobre as atividades aquícolas no Brasil.
Em outras localidades do Brasil, já houve registros desse fenômeno. A tilápia, espécie de origem africana, já foi encontrada do litoral do Maranhão a Santa Catarina e pode ameaçar ecossistemas marinhos. A falta de controle nas aquiculturas é apontada como um agravante.
Mas, afinal, como as tilápias foram parar no mar? Uma das hipóteses pode estar relacionada ao número de registros da espécie mais encontrada na costa brasileira: a tilápia-do-nilo (Oreochromis niloticus). Por crescer rapidamente, é um dos peixes mais cultivados no país. Além disso, a espécie tem maior adaptabilidade à água salgada do que outros peixes de água doce.
De acordo com a ecóloga Ana Clara Sampaio Franco, as estruturas de criação não são imunes a falhas, o que permite a ocorrência de escapes. Há também, completou ela, casos de descartes inadequados por parte de aquicultores, que liberam essa espécie exótica invasora nos rios.

“O Brasil, apesar de deter uma das maiores biodiversidades do mundo, compra pacotes tecnológicos para aquicultura de espécies que não são daqui, em vez de explorar nosso próprio potencial”, explicou ela.
A tilápia, o peixe mais consumido no país, é um ingrediente garantido em restaurantes de todas as regiões. Dificilmente, unidades gastronômicas deixam de oferecer opções com filé de tilápia no cardápio. Ao questionar o garçom sobre o sabor, a resposta será quase sempre: “é um saboroso peixe de água doce”. Ou pelo menos era, já que as tilápias estão buscando seu lugar ao sol, ou em águas salgadas.
A invasão de tilápias em águas doces no Brasil já é um fenômeno conhecido pela ciência. No entanto, o aparecimento de centenas delas na costa marítima brasileira tem gerado preocupação entre especialistas em biologia marinha.
“Surgiram vídeos na internet, feitos na região de Arraial do Cabo, no Rio de Janeiro, que mostravam a presença de cardumes de tilápias no mar. Essa é uma região de água muito fria e salina, que sofre a influência de uma corrente oceânica que é profunda e que aflora na costa”, explicou a ecóloga.
Os primeiros vídeos registrados no litoral fluminense foram apenas o início de uma investigação que durou mais de um ano. “Nós temos registros que vão desde o Maranhão até Santa Catarina, passando por Espírito Santo, São Paulo e Rio de Janeiro. Detectamos que esses casos não eram isolados, o que consideramos preocupante”, afirmou Ana Clara Sampaio Franco.

Diante disso, os pesquisadores realizaram um amplo cruzamento de informações para saber se as espécies chegaram ao ambiente marinho pelos rios que desaguam no mar. “A gente consegue ver que na costa do Norte e do Nordeste nós não temos essa correspondência”, comentou a pesquisadora.
O mistério, neste caso, está associado à falta de informações sobre a criação de peixes. “Chegamos à conclusão que não existe no Brasil uma base de dados boa, unificada e atualizada sobre as estruturas de aquicultura, as espécies que são cultivadas e os locais onde são criadas em pequena e média escala. A ausência desse levantamento não nos permite traçar com exatidão as possibilidades de ocorrência da tilápia”, avaliou a ecóloga.
Mas como um peixe de água doce resiste à água salgada? A explicação está na evolução da espécie. As tilápias pertencem à família dos ciclídeos, a mesma do famoso tucunaré da Amazônia, um dos últimos grupos marinhos a migrar para águas doces.
“Os ancestrais da tilápia vieram do mar, por isso a espécie tem capacidade de tolerar certo grau de salinidade”, argumentou o coordenador da pesquisa, Jean Vitule, do Laboratório de Ecologia e Conservação da Universidade Federal do Paraná.
Há a possibilidade de as tilápias utilizarem os rios de água salobra como um corredor ecológico entre o mar e os ambientes de água doce, já que a salinidade da água não seria uma barreira, deixando um rastro de impactos ambientais.
“A tilápia é uma invasora que pode transferir patógenos e elevar as taxas de eutrofização – o surgimento excessivo de organismos como algas e cianobactérias, causando a intoxicação de outros animais marinhos. Além disso, com a infestação de organismos tóxicos, a água do mar pode se tornar imprópria para banho”, explicou o biólogo.
“As tilápias também competem com espécies nativas por recursos, alimentos e espaço. A tilápia é uma espécie territorialista. Ela pode predar vários organismos, desde peixinhos até camarões, crustáceos e corais. Em último estádio, ela pode causar até a extinção de algumas espécies”, alertou Jean Vitule.
''A tilápia é uma invasora que pode transferir patógenos e elevar as taxas de eutrofização – o surgimento excessivo de organismos como algas e cianobactérias, causando a intoxicação de outros animais marinhos'', explicou o biólogo Jean Vitule

(Foto: Adailson Calheiros)
Criação em água salobra também preocupa os biólogos
Outra preocupação levantada pelo estudo é a criação de tilápias em água salobra em algumas partes do mundo. “A gente pode ter uma seleção de linhagem, uma seleção artificial feita pelo homem, criando tilápias cada vez mais adaptadas a esses ambientes salinos. O que coloca em risco, além dos ambientes de água doce, os ecossistemas marinhos”, comentou o pesquisador.
“Não há confinamento adequado na maioria das aquiculturas, e há tantos escapes que elas acabam chegando ao mar, deixando um rastro de impactos”, concluiu.
Sem precedentes, o surgimento dessa espécie nos oceanos pode gerar uma série de impactos ambientais negativos, avaliou o biólogo Jean Vitule, que contribuiu para o estudo publicado na revista científica Aquatic Ecology.
Entre os riscos citados por ele estão: a geração de novas doenças, a extinção de animais marinhos, o crescimento excessivo de algas, a contaminação da água do mar, tornando-a imprópria para banho, e intoxicações causadas pelo consumo de peixes contaminados.
“Não estamos decretando que esses problemas acontecerão, mas acendemos um alerta. É preciso identificar de onde as tilápias vieram e monitorar para antecipar ações e evitar consequências desastrosas”, ressaltou. Ele também comentou que estão investigando a ecotoxicologia das tilápias.

É de conhecimento dos pesquisadores que as tilápias têm uma tolerância fisiológica ao acúmulo de metais pesados na água. “Ou seja, as pessoas podem consumir esses peixes e se expor a novas doenças”, advertiu Jean Vitule.
Segundo o pesquisador, a propagação de doenças a partir dos dejetos e restos mortais liberados pelas tilápias na água é uma das possíveis consequências.
“Não sabemos se elas são capazes de se reproduzir no mar e por quanto tempo sobrevivem nesse ambiente, mas temos consciência de que a presença delas pode causar o surgimento de parasitas, doenças e outros problemas ecológicos que ainda não compreendemos”, concluiu Jean Vitule, coordenador do Laboratório de Ecologia e Conservação da Universidade Federal do Paraná.
Em alto-mar, a taxa de salinidade é de 35 gramas por litro de água, um valor que os pesquisadores avaliam como elevado para a sobrevivência da tilápia. Por isso, os estudiosos acreditam que ela esteja sobrevivendo e se reproduzindo nos locais de deságue de grandes rios no mar, onde a água doce se mistura à salgada, tornando o ambiente mais suportável para a tilápia.
Entre os aspectos negativos está o fato de que a tilápia pode prejudicar alguns berçários de peixes marinhos ao consumir seus ovos, já que se trata de uma espécie onívora, herbívora ou fitoplanctófaga. Alimenta-se de insetos, microcrustáceos, sementes, frutos, raízes, algas, plâncton e pequenos peixes.
A reprodução da tilápia ocorre a partir dos seis meses de idade, podendo haver desova mais de quatro vezes por ano. Essa alta capacidade reprodutiva resulta na eclosão de até dois mil ovos por ciclo.

FEPEAL
- A presidente da Federação dos Pescadores do Estado de Alagoas (Fepeal), Maria Fia, garantiu que, até então, não houve relatos de captura de peixes tilápia no âmbito marinho.
- Isso, no entanto, não significa que não haja possibilidade de acontecer. Por exemplo, em um período chuvoso, diante do rompimento de alguma barragem próxima ao mar, pode ser que, na força da água, a tilápia vá junto para o ambiente marinho.
Produtores de tilápia desconhecem a causa da invasão no mar
No município de Teotônio Vilela, existe uma cooperativa de produtores de tilápia desde 2020. A Coopteo – Cooperativa dos Piscicultores e Produtores Rurais de Teotônio Vilela – produz, semestralmente, em média, 8 mil quilos de tilápia em tanques-rede na Barragem do Prado.
O presidente da cooperativa é Taciano Alves Delfino, 38 anos. Em 2016, ele iniciou a atividade de piscicultura em tanque escavado, no Povoado Alecrim, onde produzia 2 mil quilos de tilápia por ciclo de produção.
“Resolvemos criar a Coopteo com o objetivo de fazer compras em conjunto de ração e também facilitar a comercialização dos peixes. A produção está concentrada na Barragem do Prado, no Povoado Santa Maria. São 55 cooperados, mas apenas 20 trabalham com a atividade de piscicultura. Os outros são criadores de porcos, galinhas e plantadores de mandioca”, explicou.

Sobre a invasão da tilápia no mar, ele disse que viu alguma coisa sobre o assunto, mas que não tem mais informações sobre a causa dessa invasão.
Em Coruripe, Elisângela Soares falou em nome da Associação dos Piscicultores da Barragem Vitor Montenegro Wanderley, cujo nome fantasia é Eco-Peixe. A associação existe desde 2012.
A produção mensal é de 550 quilos. Sobre a pesquisa dos estudiosos, ela disse que não está sabendo de nada e que as tilápias são criadas em gaiolas.
IMPACTOS ECONÔMICOS
Na avaliação do economista Anderson Henrique dos Santos Araújo, os impactos econômicos dessa invasão podem ser divididos em duas perspectivas. A primeira são as perdas econômicas significativas para a criação em cativeiro.
“Quando a tilápia escapa dos criadouros e se adapta ao ambiente marinho, ela pode competir com outras espécies por recursos, introduzir doenças e parasitas, e alterar o equilíbrio ecológico. Esses fatores podem levar a uma diminuição na produtividade e na qualidade dos peixes criados em cativeiro, resultando em prejuízos econômicos para os produtores.”

Outro custo, avaliou o economista, muitas vezes desprezado na contabilidade econômica, é o impacto significativo no passivo ecológico, especialmente em termos de destruição das reservas de biodiversidade.
“A presença da tilápia em ecossistemas marinhos pode gerar efeitos devastadores diretos e indiretos. Portanto, são necessárias medidas para mitigar os prejuízos permanentes, evitando a completa adaptação da espécie marinha aos nossos mares. Isso pode ser alcançado por meio de melhorias no processo de confinamento e, sobretudo, por uma regulação e fiscalização mais efetiva por parte do setor governamental”, frisou Anderson Henrique dos Santos Araújo, graduado e mestre em Economia pela Universidade Federal de Alagoas (Ufal). Ele também é doutor em Economia pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU) e professor da Ufal.
Biólogo e oceanógrafo: espécie pode ser arrastada para o mar em períodos de muita chuva
Na opinião do biólogo e oceanógrafo Gabriel Louis Le Campion, professor do Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde da Ufal, em períodos de muita chuva, as tilápias podem ser arrastadas para o mar e sobreviver por certo tempo com a mistura das águas.
“A tilápia não é um peixe de água salgada, diferente do camurim, da tainha e do salmão – esse último de clima temperado. A tilápia é um peixe de água doce e muito resistente a condições extremas, tanto que as utilizei na década de 70 como bioindicadores em lagoas de tratamento e polimento de efluentes industriais orgânicos. Acredito que elas podem suportar um certo tempo em águas salobras, em estuários, e um período ainda menor na foz de rios e proximidades. Mas esse não é seu habitat”, discorreu.
Sebrae/AL faz consultoria de melhoria produtiva para cadeia da aquicultura
O Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas em Alagoas (Sebrae/AL) atua na cadeia da aquicultura, com foco em peixe e/ou camarão, oferecendo consultoria para melhoria do processo produtivo dessas espécies, como explica a analista do Sebrae Alagoas da Unidade de Competitividade Setorial (UCS), Ingrid Laís Maria Santos.
“A consultoria serve para auxiliar o produtor ou empreendedor no melhoramento dos processos da sua produção, o que permite que eles adquiram novas técnicas de manejo no cultivo e controle do sistema produtivo, bem como a realização de novas metodologias de monitoramento da água e dos animais. Nossos consultores são especializados na área, e eles analisam diversos pontos, como a qualidade de insumos utilizados, a própria estrutura da fazenda, qualidade da água – que é importantíssima –, além da análise do processo produtivo como um todo (povoamento, sanidade, temperatura, manejo, nutrição, despesca), dentre outras atividades que variam de acordo com a necessidade de cada produtor”, esclarece Ingrid Laís.

No entanto, a analista pontua que, para atender o produtor, é necessário que ele tenha a DAP (Declaração de Aptidão ao Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar) / CAF (Cadastro Nacional da Agricultura Familiar) ativos, Nirf (Número de Imóvel na Receita Federal) ou Carteira de Pescador, ou CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica) com CNAE (Classificação Nacional de Atividades Econômicas) compatível com a atividade.
Alagoas será pioneiro em projeto de inovação na aquicultura com apoio do Sebrae
A analista antecipa que Alagoas será pioneiro em um projeto de inovação na aquicultura de pequena escala.
“O Sebrae Alagoas, em parceria com a FAO/ONU [Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura] e o Ministério da Pesca, está participando do Projeto de Cooperação Técnica ‘Inovação Organizacional e Tecnológica da Aquicultura de Pequena Escala no Norte e Nordeste do Brasil’. Alagoas foi escolhido como estado piloto dessa iniciativa, que busca fortalecer a produção aquícola, especialmente de peixe e camarão. Como parte do projeto, o Sebrae Alagoas irá contratar uma empresa especializada para realizar um diagnóstico detalhado junto aos produtores dessas espécies, com foco inicial no Agreste e Sertão do estado. O objetivo é aumentar a produtividade e a rentabilidade da aquicultura de pequena escala, por meio da inovação tecnológica e da organização produtiva, impulsionando o desenvolvimento sustentável do setor”, antecipa Ingrid.
Segundo a profissional, atualmente está sendo feito um mapeamento da cadeia da aquicultura: “o que conseguimos mapear foram mais de 200 produtores de camarão e peixe em cinco municípios do Agreste alagoano e, dentre eles, aproximadamente 126 são de peixe. Agora, nem todos são clientes do Sebrae; só não consigo afirmar agora quantos são, porque ainda não temos esse número e o mapeamento se encontra em andamento.”
Tilápia na alimentação do ser humano
Assim como outros tipos de carnes, os peixes são ricos em proteínas de alto valor biológico, ferro, zinco e vitamina B12. A vantagem deles está no fato de possuírem gorduras boas: os ácidos graxos poli-insaturados, do tipo ômega 3 (EPA - ácido eicosapentaenoico - e DHA - ácido docosahexaenoico), que têm funções importantíssimas para o organismo, como poder antioxidante, melhora da saúde cardiovascular, muscular e cerebral, regulação dos níveis de colesterol e função anti-inflamatória.
De acordo com a nutricionista especialista em emagrecimento, performance e longevidade, Raíssa Barbosa - @raissabarbosa, a tilápia é um alimento rico, que potencializa a saúde dos ossos.
“A tilápia, por exemplo, além de ter ômega 3 na composição, é rica em cálcio e vitamina D, potencializando também a saúde óssea. É baixa em gorduras e menos calórica que outros tipos de peixe, sendo um grande aliado para o emagrecimento. É recomendada a ingestão de peixes, em uma porção de 100-150 g, de duas a três vezes por semana, mas não há problemas em consumi-los todos os dias. Não existe consenso de que a ingestão diária seria prejudicial à saúde, como ocorre com a carne vermelha e os embutidos, por exemplo. Mas é importante se atentar à procedência do peixe na hora da compra, verificando sempre a qualidade do mesmo”, explica a especialista.

Segundo a nutricionista, há diversas formas de preparar a tilápia: “porém, as mais saudáveis são as opções grelhadas ou cozidas. O modo de preparo em fritura não é saudável e nem recomendado, devido ao uso de gorduras saturadas.”
Abaixo, Raíssa Barbosa pontua as propriedades nutricionais desse peixe na sua forma grelhada (sem óleo), em uma porção de 100 g:
• Calorias: 107
• Proteínas: 22 g
• Ácido graxo poli-insaturado: 0,44 g
• Cálcio: 11,7 mg
• Ferro: 0,65 mg
• Magnésio: 31,3 mg
• Potássio: 350 mg
• Vitamina D: 3,4 mcg
• Vitamina B12: 1,65 mcg