A título de esclarecimento, acrescento que tenho o prazer e a honra de ter idealizado e levado à prática a iniciativa de levar as Academias de Letras à Bienal do Livro, que logrou êxito pela aceitação da proposta, tanto pela EDUFAL quanto pelas Academias de Letras. O intuito de levar a público os autênticos representantes do pensamento intelectual alagoano, por meio da exposição de suas obras na Bienal do Livro, era para mim uma realização de apoio e valorização à cultura da minha terra.

A princípio, na V Bienal Internacional do Livro de Alagoas do ano de 2011, contamos com o apoio imprescindível da diretora da EDUFAL, à época, a dinâmica Sheila Maluf, que atendeu de pronto a nossa proposição em adquirir estandes para as Academias de Letras de Alagoas e, como sugeri, sem ônus para as academias, ficando por nossa conta a responsabilidade de adquirir pessoal de apoio e mobiliário para suprir os estandes.

De comum acordo com a Diretora da EDUFAL, a professora Sheila Maluf, convidei os representantes das Academias de Letras, do interior e da Capital, para reunião a fim de oficializar os convites. A professora Sheila Maluf compareceu à reunião, que ocorreu à tarde, no Café Palato no Farol, contando com a presença maciça dos representantes das academias. Todos procuravam demonstrar apoio e gratidão ao nosso pleito.

Sabe-se que a Bienal do Livro é considerada um evento de grande porte, a maior festa da literatura em nível nacional. Representa um forte movimento de união entre autores, editores, distribuidores, livreiros e empresários, que se reúnem para o sucesso da exposição do negócio editorial, além de ter a função de estreitar as relações entre público e literatura, atraindo todas as faixas etárias amantes do livro, utilizando como chamariz as programações de palestras, debates produtivos e intelectuais e demais eventos e atividades que dizem respeito à literatura, os quais ocorrem nos estandes e salas temáticas localizadas no disputado espaço da Bienal do Livro.

As bienais são realizadas sob patrocínio de vários órgãos governamentais, particulares e empresariais, e em parcerias com entidades que tratam dos interesses do livro. No Estado de Alagoas, iniciaram-se as Bienais do Livro no ano de 1998, sob a iniciativa e responsabilidade da Universidade Federal de Alagoas - UFAL, por meio da EDUFAL - Editora da Universidade Federal de Alagoas, que tem como objetivo editar e divulgar trabalhos e publicações de interesse científico.

Para a realização das bienais, tem-se a parceria de outras entidades, como ABEU - Associação Brasileira dos Editores Universitários, CBL - Câmara Brasileira do Livro, Prefeitura de Maceió, Governo do Estado de Alagoas e instituições públicas e privadas.

A programação da EDUFAL, com ações significativas no trabalho editorial no trajeto de registros do conhecimento científico, acrescenta uma nova fisionomia, abre espaço a um paralelo social de parcerias com instituições culturais, evidenciando a atuação da realidade objetiva de cada entidade; enfim, um espaço aberto, autêntico, condizente com o fazer acadêmico de escritores e literatos, onde podem elastecer a interpretação das relevantes atividades acadêmicas.

As Academias de Letras, fundamentadas nesse pensamento, na Vl Bienal Internacional do Livro de Alagoas - ano 2013, apresenta a seguinte programação: no espaço do estande de n° 34 e 35, haverá exposição e lançamento de livros e na sala temática Rosália das Visões, haverá as palestras, expondo a criatividade do conhecimento literário dos nossos intelectuais que compõem as nossas academias de letras e intelectuais de outros estados, por mim convidados. Ressaltam-se os bons trabalhos acadêmicos que muito contribuem para o conhecimento do saber e engrandecimento da literatura caeté.

Com o apoio de seus diretores, norteia, com propriedade, por dias, o movimento do saber, permite que os que valorizam o livro reúnam-se em torno de um só objetivo e finalidade, e aqui se fazem lembrar as palavras do escritor e antropólogo Arthur Ramos: “O que valoriza a Instituição é a diversidade de sua composição, com homens e mulheres de diferentes origens, portadores de riquezas intelectuais próprias, o que permite uma composição, ora harmoniosa, ora divergente, mas produtiva em relação aos seus objetivos maiores”.