Petrucia Camelo

JESUS CRISTO É O SENHOR

Petrucia Camelo 27 de março de 2025

A luz da fé, a Cruz Sagrada eleva-se aos céus e, sob a sua sombra, os cristãos vivem a solidez dos ensinamentos bíblicos, rogam proteção, continuam sob a sombra do madeiro. Para reafirmar essa sentença, lê-se em eclesiástico 23-24: Não cesseis de vos fortificar no Senhor e apegai-vos a Ele, a fim de que Ele vos ampare. Porém, para aqueles que creem, há uma via dolorosa em suas preocupações sobre os efeitos nefastos dos que não creem nos ensinamentos de Nosso Senhor Jesus Cristo.

A Cruz Sagrada cada vez mais se eleva sobre a humanidade. Jesus Cristo mostra a cada geração que o sangue derramado na Via Crucis não se tornou uma poça de sangue coagulado, que pode ser colhido ou embebido pela terra; ele é corrente, retilíneo, até então, admiravelmente aspergido sobre aqueles que creem, e o derrame lavrado tornou-se imensurável como as areias do mar, as estrelas do céu, as gotas de chuva, até mesmo por orientação do próprio Cristo: Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura (Marcos 16:15)

Viver a Semana Santa com as imagens visionárias da fé é acreditar que Jesus Cristo é o Senhor, que se sobrepôs ao martírio da cruz até a morte e se elevou aos céus na alegria da Ressurreição. É a partir daí, da ascensão, que a humanidade deve orientar-se para estudar a restauração da vida sob a luz clara da inspiração da Ressurreição: sobrepor o sofrer com a fortaleza da imagem sagrada do lençol mortuário deixado no túmulo, ir em frente, aventurar-se nas estadas das necessidades ao encontro das possibilidades das soluções que podem ser viáveis.

Atendendo ao rogo da Campanha da Fraternidade de 2017, que traz a mensagem Cultivar e Guardar a Criação a Igreja propaga, que os cristãos devem voltar-se não somente para si, mas também para a conservação das coisas do mundo em que se vive, complementando o que diz o período quaresmal: fazer jejum, penitência, dar esmolas, mas também orar para o reflexo da Cruz Sagrada pairar sobre os interesses, as decisões da conservação da criação de Deus e em especial, sobre a governabilidade dos povos.

Nesse período quaresmal, a mensagem cristã da Campanha da Fraternidade 2017 faz ler nas entrelinhas que Jesus Cristo já deu a Sua parcela de contribuição à humanidade, a custo de sua Crucificação e Morte; já se fez caminho e vida. Ele não precisa de renome: cabe, agora, à humanidade refazer a sua própria travessia, dar a sua parcela de contribuição, para sanar as dificuldades que causam tristezas, atrasos: procurar valorizar o que tem em volta, colaborando com o desenvolvimento humano e social, iluminando o direcionamento das tomadas de decisões relativas à preservação da natureza que influencia na conservação do planeta.

A palavra foi cumprida, tudo já foi dito. Mas o ser humano na trajetória de sua existência, ainda titubeia ao pensar e sentir o mundo e as coisas do espirito. Tardiamente, talvez, tome consciência de que o mundo e todas as coisas criadas por Deus já tenham existência própria antes mesmo de ele nascer, e não partiu dele e nem nasceu com ele, e, sim, existem para ele e continuarão existindo após sua morte.

E depois da descoberta de que tudo o que está aí é de Deus, o ser humano ainda se dá à falta de compromisso em não querer manter como está ou mesmo aprimorar o que já existe, sem tomar consciência de que, pensando assim, é querer conjurar a palavra de Deus. É como se pensasse: “Se não me pertence, então, não vou cuidar!” Como se precisa da fé nos ensinamentos de Jesus Cristo!

Assim se interpreta a mensagem da Semana Santa: o ser humano, após morrer em fraquezas e dificuldades, deve procurar ressuscitar o homem novo que há em si mesmo, para uma vida de esperanças e realizações. Deve ir em frente, partilhar sementes, conservando a criatividade de Deus, pois está nas mãos humanas a defesa da vida.