Sérgio Toledo
Aparelho telefônico
Hoje ninguém vive sem um aparelho telefônico celular. Alguns chegam ao desespero. Tem que estar declando ou falando com alguém. Como era 50 anos atrás?
Fui da época em que telefone fixo era luxo. A linha telefônica era adquirida e passavam meses ou até anos para serem instalados. Você adquiria uma cota ou ação da companhia, aqui Telasa. Existiam aparelhos na rua chamados de orelhões. Com uma moeda especial ou depois um cartão, era feita a ligação que não podia ser muito longa. Desligava.
Usei bip. Um transmissor que avisava que um determinado local precisava do meu contato ou presença. Então ligava do orelhão para a central e recebia o recado.
Ninguém morreu, ninguém deixou de fazer negócio ou de se comunicar.
Depois vieram outros aparelhos mais modernos, com uma mensagem avisava o que deveria ser feito. Pager. Muito populares nos anos 1990.
Em 1991, durante o governo do ex-Presidente Collor de Mello, fez-se a luz. Tudo começaria a mudar com os aparelhos celulares. Os mobile. Os móveis. Eram na época os tijolões. Não pelos aparelhos e sim pela bateria. Uma no aparelho, outro na bolsa, duas carregando.
Hoje temos uma febre! No colégio, os governos do mundo inteiro, estão proibindo alunos e alunas de usarem! Vejam só: uma lei para regular algo que me parece simples. Colégio, faculdade são para estudar. Celular ou tablet, ou computador, só se for para matéria escolar ou universitária. Ponto final! Onde estão os pais ou responsáveis por alunos? Eles também não são disciplinados! Vão a um restaurante e ficam conversando entre si através os aparelhos moderníssimos celulares de ultima geração. Me perdoem, pais e responsáveis. Disciplina. Equilíbrio. Educação precisam ser ensinados inicialmente em casa! Colégio e faculdade são outros departamentos!
Sérgio Toledo
Sobre
Médico ortopedista e do esporte. Pioneiro no alongamento ósseo, transplante de tendões e neurorrafia, como também no tratamento por ondas de choque.
Formado em 1972, pela Faculdade de Ciências Médicas de Pernambuco, hoje UPE.
Pós graduação no IOT (Instituto de Ortopedia e Traumatologia) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.
Concursado do antigo INAMPS, hoje Ministério da Saúde, já estando aposentado. Atendeu por muito tempo no PAM Salgadinho.