Sérgio Toledo

Lesão em atleta de alto rendimento

Sérgio Toledo 16 de dezembro de 2023

Leio reportagem nos sites UOL e Globo sobre atletas de grandes clubes de futebol que jogaram o campeonato machucados ou não totalmente curados.

Lembro do ano de 1975, quando retornei à Maceió depois de Faculdade em Recife, (cidade pequena, porém decente, como falava um célebre locutor de rádio de lá), e pós-graduação em São Paulo, Hospital das Clinicas da Universidade de São Paulo.

Fui procurado por um dirigente do Centro Esportivo Alagoano, o Azulão do antigo Mutange, onde meu tio Napoleão havia sido presidente e o meu pai Carlos Barbosa, diretor.

Fiquei lisonjeado e orgulhoso pelo convite, porém declinei do mesmo e me coloquei a disposição para ajudar na minha área, ortopedia e traumatologia, no que fosse possível.

Por que não aceitei? Vinha de um Serviço onde aprendi que o atleta só deve ser liberado para voltar as atividades do futebol, no caso, quando curado totalmente da lesão que o havia afastado das lides esportivas.

E aqui, como em todo o Brasil, os médicos de clubes, principalmente futebol, são forçados a produzirem curas imediatas e fazerem os atletas retornarem aos gramados em tempo recorde. E não é o caso. Ainda não fazemos milagres!

Pubalgia ou pubialgia, adutores, entorses de pequenas ou grandes articulações possuem um tempo determinado de evolução e dependem também da reação de cada organismo de cada atleta.

Com o imediatismo as lesões não são curadas totalmente ou plenamente e vão ficando cada vez mais crônicas e com maior dificuldade de cura e comprometendo a performance do atleta.