Enio Lins

PRIMEIRO ANO

Enio Lins 25 de julho de 2023

Há quatro dias, em 21 de julho, esta coluna TIC TAC soprou sua primeira velinha para o Ano 1 de sua existência. Agradeço à Tribuna Independente por esse precioso espaço, e me comprometo a seguir melhorando no uso dessas linhas. Agradeço ao leitorado que, embora não-auditável, tem generosamente acompanhado essa coluna de jornalismo opinativo (e alguns traços culturais). Vamos seguir nesse caminho, buscando inovar aqui e ali, como hoje, com quatro notinhas substituindo o textão.

MALGEMA

Segue o drama de Maceió e das famílias alcançadas pelo desastre (anunciado) da mineração de sal-gema, embora – aparentemente – apenas cada vítima do deslocamento forçado tem sentido na pele, no coração e na mente os efeitos nos “bairros em afundamento”. Na prática, a cidade tem sublimado o desastre, como se não estivesse acontecendo. Mas os protestos inteligentes, instigantes, não param. Aguardem carta. Ou fotos. Ou performances. Algo novo está no forno para as próximas semanas. Ou dias?

PROTAGONISMO

Alagoas não é brinquedo não. Chova ou faça sol, lideranças alagoanas estão nos píncaros da política brasileira. Desde Calabar e Zumbi que as coisas passam por aqui. Só para ficar nos momentos recentes, tempo houve que a Câmara e o Senado federais eram presididos por alagoanos (Aldo Rebelo e Renan Calheiros), e hoje a grande quebra-de-braço nacional é entre Renan e Arthur – o que, convenhamos, em se refletindo numa disputa por quem traz mais recursos para o Estado, não é tão ruim assim.

NOVIDADES

Pela primeira vez em 36 anos, PT e PSDB não terão candidaturas próprias para a prefeitura de São Paulo, principal cidade brasileira. Tudo indica que os petistas apoiarão Guilherme Boulos, do PSol e os tucanos pousarão no galho de Ricardo Nunes, do MDB. Especialmente para o Partido dos Trabalhadores, essa decisão (se confirmada) será um importante aprendizado sobre a política de mão dupla, pois a sigla tem uma histórica resistência em apoiar outras legendas, especialmente nos grandes centros.

HOJE NA HISTÓRIA

Lorde Nelson, britânico, e o “Nó de Nelson” presente nas fardas de oficiais


25 de julho de 1797 – Horatio Nelson, o mais famoso almirante britânico, é derrotado na batalha naval pela conquista de Tenerife (na Espanha). Mais de 300 marinheiros ingleses morreram, e o próprio comandante perdeu um braço e um olho.

Segundo os relatos do combate, ao ter o úmero destroçado por um projétil, Nelson foi caminhando até a enfermaria e exigiu que lhe fosse logo amputado o braço para que ele pudesse voltar para a luta, onde perderia também o olho direito. Recuperado, passou a usar a manga vazia laçada num botão da casaca, e esse símbolo (faixas horizontais coroadas por um círculo) passou a ser incorporado às fardas de oficiais também de outros países.

Lorde Nelson morreu em combate, em 21 de outubro de 1805, aos 47 anos, na Batalha de Trafalgar, quando foi alvejado por um projétil que lhe partiu a coluna. A peleja foi vencida pelos ingleses, ampliando a fama do líder morto na luta. O nome se espalhou pelo mundo. Até virou denominação de badalado bar em Maceió, no bairro de Jaraguá, perto do Porto.

Leia mais em https://pt.wikipedia.org/wiki/Horatio_Nelson