Enio Lins

Covardia, indisciplina, banditismo: pilares do bolsonarismo

Enio Lins 12 de janeiro de 2023

Jair foi um oficial medíocre que se destacou por três características: covardia, indisciplina e quebra da hierarquia. Esses três pilares de sua personalidade despontaram desde quando sua projeção como “líder sindical” dos militares cariocas.

Em 1986, como obscuro capitão
, resolveu agitar a tropa contra seus superiores usando a bandeira dos “baixos salários”, mas na verdade buscava cindir as Forças Armadas, investindo particularmente contra o Ministro do Exército.

Insuflado pelos porões
da ditatura recém-morta, aceitou o papel de agente provocador da extrema-direita contra seus superiores (embora direitistas) leais ao processo democrático. Foi preso, processado e condenado pela Justiça Militar.

Acovardado, negou
o que tinha dito e (literalmente) desenhado. Num segundo julgamento, o Superior Tribunal Militar o descondenou numa decisão dividida (9x4), em provável acordo para o indisciplinado deixar o Exército.

Livre da farda
, o descondenado enveredou pela politicagem profissional a partir de 1988, primeiro como vereador e a partir daí, deputado federal, sempre filiado ao partido governista mais ligado à corrupção – inclusive durante os governos petistas.

Quem o idolatra
, salvo honrosas exceções (como os oficiais-superiores que romperam com seu governo), seguem o mantra: covardia, indisciplina, quebra de hierarquia. A esses três pilares, mais um foi acrescentado – o banditismo miliciano.

Covardia, indisciplina,
quebra de hierarquia, banditismo foi o que rolou em Brasília no dia 8 de janeiro. Jair deixa suas digitais por onde rasteja e, como quadrúpede, em duplo par: no lado dos terroristas e no lado das polícias que deveriam combater o terrorismo.

Dermatóglifos do Jair
estão em todo lugar, nos alvos das depredações e saques feitos pelo gado em fúria. Mas suas digitais mitológicas chamam mais atenção na conivência e cumplicidade de parte dos militares para com os terroristas.

Câncer em quaisquer organismos
, o bolsonarismo é ainda mais maligno entre policiais e militares pelo culto à covardia, indisciplina, quebra de hierarquia e banditismo. Isso pôde ser visto num ensandecido coronel da reserva filmando-se ao insultar os generais legalistas como “filhos da puta” e, depois de exonerado da sinecura que ocupava, se desculpando em mimimi.

Extirpar o tumor maligno
bolsonarista e suas metástases espalhadas por todo país, é medida urgente urgentíssima para a sobrevivência da Democracia e para a própria dignidade das Forças Armadas e das instituições policiais.

NOTAS


# Agiu certíssimo o governador Paulo Dantas ao determinar o retorno de um PM enviado à Brasília para combater os terroristas bolsonaristas.

# Mas o mais importante é despartidarizar as polícias alagoanas, infestadas de posicionamentos bolsonaristas bem mais ostensivos que o do PM citado.

HOJE NA HISTÓRIA



12 de janeiro de 1861
– Pedro II cria, através do Decreto nº 2.723, a Caixa Econômica e Monte de Socorro, também conhecida como Caixa Econômica da Corte.

A garantia dada pelo governo central, empréstimos a juros mais baixos e a segurança dos valores depositados como poupança a aproximou do povão desde o início, sendo inclusive registradas contas de correntistas escravos, que ali aplicavam os parcos recursos que conseguiam juntar para pagar sua própria alforria.]

Na República, agora Caixa Econômica Federal, seguiu como referência de poupança, sem perder essa marca nem quando se expandiu como banco de múltiplas atividades.

Leia mais em:

ORIGEM E EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA CEF - A CAIXA ECONÔMICA FEDERAL E A IMPRESCRITIBILIDADE DOS BENS (1library.org)