Enio Lins

Os 10 dias que abalaram o mundo bolsonarista

Enio Lins 11 de janeiro de 2023

Magnífico dia primeiro, com a posse mais bela da história do Brasil, desde o apossamento da colônia por Tomé de Sousa, passando pela coroação do rei-menino Pedro II. Nada até agora, nesses cinco séculos de registros brasileiros, se comparou à tremenda energia, vinda da simplicidade e da representatividade, do ato da efetivação de Lula e Alckmin, respectivamente, como presidente e vice-presidente da República.

O segundo dia foi marcado pela indicação de titulares do novo ministério; Haddad promete “nova regra fiscal”, estressando os sonegadores de sempre.

Terceiro dia: a ministra do Turismo nega ligação com milicianos, tirando o caso de foco.

Quarto dia: Recuperação da Petrobras impulsiona Ibovespa a fechar em alta; dólar cai, segundo a Bloomberg/Linea.

Quinto dia: Lula realiza a primeira reunião ministerial e expõe uma diferença abissal frente às apalhaçadas reuniões ministeriais do antecessor.

Sexto dia: Fãs do miliciano ex-presidente se frustram com o mito e “parte de sua antiga base se aproxima do novo governo” (Folha de SP).

Sétimo dia: “Bolsonarismo recua e se desorienta nos primeiros dias de Lula” – uma das manchetes da Folha no dia seguinte.

Oitavo dia: A grande merda bolsonarista, com invasão e vandalização de Brasília por uma horda vagabunda em fúria assassina, repetindo – 85 anos depois – a tristemente famosa “Noite dos Cristais” (uma das marcas do nazismo na Alemanha, em 1938). O mundo se choca com o banditismo e a histeria da extrema-direita brasileira. Mais de mil delinquentes bolsonaristas são presos.

Nono dia: O “mito” manda dizer que está com caganeira e recolhido a um hospital na Flórida, Estados Unidos. Lula reúne os governadores, reorganiza a casa depois da destruição material do dia anterior e visita os demais poderes vandalizados, reafirmando sua liderança como líder democrático no Brasil e no mundo. O Judiciário reage à altura da agressão bolsonarista.

Décimo dia: O hospital americano indicado como abrigo do mito-cagão diz que não tem nenhum paciente com esse nome por lá.

E o Brasil segue adiante! Até agora a democracia venceu, mas o perigo da organização criminosa chefiada por Jair Messias segue preocupante, pois a delinquência bolsonarista continua infiltrada na política, na polícia e nas forças armadas. Cagados, recuaram. Mas se preparam para novas defecações.

NOTAS

# A participação alagoana nos atos terroristas em Brasília espera apuração; ser leniente com esses criminosos é um erro grave.

#
Como boa parte dos vândalos do dia 8, vários terroristas alagoanos se fotografaram e se filmaram durante o domingo criminoso.

# O governador Paulo Dantas determinou o retorno de um PM que elogiou os baderneiros de Brasília. Bem feito.

# A briosa Polícia Militar alagoana não pode permitir a continuidade da infiltração miliciana em sua caserna, é um risco evidente.

Hoje na história


11 de janeiro de 630
– Maomé conquista sua cidade natal, Meca, local de onde havia sido excluído, oito anos antes, pela tribo até então dominante.
Analfabeto e órfão de pai e mãe, Maomé trabalhava como pastor de ovelhas e mercador, até se casar e começar a relatar suas visões místicas, pregando o culto a um Deus único, a mesma divindade suprema adorada pelo judaísmo e pelo cristianismo, só que agora em uma versão árabe, com ensinamentos e orientações próprias e originais.

Em 622, expulso da politeísta Meca, Maomé se refugiou em Medina, ampliou seus seguidores, armou-os e voltou com gosto de gás. Venceu e enxotou os muitos deuses representados no santuário da Caaba, transformando a cidade no centro de uma nova religião, o Islã. De quebra, criou o conceito da “Guerra Santa”.