Enio Lins

Contra as trevas do bolsonarismo, um momento histórico iluminado

Enio Lins 15 de dezembro de 2022

Voltando ao momento histórico de grande magnitude que foi a diplomação de Lula & Alckmin: a data foi mais valorizada ainda, mais destacada e ganhou relevância extra por conta dos atos terroristas praticados no mesmo dia pela OCRIM bolsonarista.

Lula e Alckmin, ao serem diplomados pelo Tribunal Superior Eleitoral, compuseram, juntamente com o TSE, uma imagem perfeita do que o mundo civilizado quer e luta: a consolidação do processo democrático.

É a imagem da vitória de um processo eleitoral transparente, irrestrito, extensivo a todos cidadãos e cidadãs de um imenso país e cujos votos são coletados e apurados pelo sistema eletrônico mais seguro e mais eficiente em todo mundo

Quinto maior país em extensão territorial, sexto no ranking de população e 13ª economia do planeta, o Brasil é um dos países referenciais para o resto do globo. O que aqui acontece reverbera, impacta com força.

O mundo civilizado temia a possibilidade da extrema-direita ser reeleita no Brasil. Até para a direita internacional seria um desastre permanecer na vitrine brasileira um Idi Amin Dada branco e autodenominado “cristão”.

Lula, em seu emocionante discurso, se firmou como estadista, como liderança política capaz de suportar as maiores vicissitudes de pé, sem arredar, respeitando a lei e seguindo as regras democráticas. Refez o caminho de Mandela.

Alexandre de Moraes, em sua incisiva fala, reafirmou a força e a autoridade do Poder Judiciário, poder capaz de resistir às gigantescas pressões e se manter íntegro enquanto Poder Constituído, independente e autônomo.

Dia 12 de dezembro de 2022, uma segunda-feira que entrou para a história. E em grande estilo, pela porta da frente. Pela porta dos fundos o crime organizado estrebuchava no mesmo dia e varava a noite espalhando seu fel de fera derrotada.

A partir de 1º de janeiro de 2023, uma nova e mais penosa tarefa histórica aguarda os diplomados no 12 de dezembro: reconstruir esse imenso país depois de quatro anos de destruição e pilhagens praticadas pela quadrilha bolsonazista.

Vencer a eleição como oposição, e receber o diploma sob ações terroristas do bolsonazismo, são coisas simples e serenas, comparadas ao trabalho de limpeza, reorganização e reconstrução que espera Lula e Alckmin como uma bomba de réveillon.

Enfim, estamos numa virada de ano que ficará para a história. Construir um quadriênio feliz depois de quatro desastrosos anos é a missão.

NOTAS


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Anunciada para o dia 20 a realização de uma recheada noite de autógrafos com lançamentos e relançamentos de livros alagoanos.

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Coordenado pelo incansável Sebastião, da Quilombada, a coletiva de autógrafos será no Anexo do Teatro Deodoro, dia 20, a partir das 19 horas.

# “Jangada Independência”, de Edberto Ticianeli, é um destaque entre os lançamentos. “Guia da gastronomia popular”, de Nide Lins, será relançado.

# “Início, meio, fim” de Leonardo Bittencourt, será lançado e “Dona Santa”, de Arnaldo Paiva Filho, figura entre os relançamentos.

HOJE NA HISTÓRIA


15 DE DEZEMBRO DE 1959
– A Sudene é criada pelo presidente Juscelino Kubitschek, atendendo a uma ideia do economista Celso Furtado. Um dos maiores intelectuais do Brasil, em todos os tempos, o paraibano Celso Furtado se dedicou ao estudo e à formulação de projetos de desenvolvimento com foco no social, no Brasil e em países do terceiro mundo. Celso Furtado foi o primeiro superintendente da Sudene.
Nos diz o site da Sudene: “Em 1961, como seu superintendente, encontra-se em Washington com o presidente John Kennedy, cujo governo decide apoiar um programa de cooperação com o órgão, e, semanas depois, com o ministro Ernesto Che Guevara, chefe da delegação cubana à conferência de Punta del Este, para discutir o programa da Aliança para o Progresso”.
Ideia revolucionária, a Sudene inspirou posteriormente a Sudam (Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia), em 1966, e a Suvale (Superintendência de Desenvolvimento do Vale do São Francisco), em 1967, ambas criadas durante a ditadura militar. O regime ditatorial além de copiar as ideias de Furtado, lhe furtou os direitos políticos, cassando-o logo de chegada, no Ato Institucional nº 1, de 9 de abril de 1964.
Mais informações no site Sudene — Português (Brasil) (www.gov.br)