Bartpapo com Geraldo Câmara

COMEÇA TUDO OUTRA VEZ

Bartpapo com Geraldo Câmara 11 de novembro de 2022

O brasileiro está acostumado. A começar, recomeçar, replanejar, reconstruir, um sistema de vida que até pode fazer bem porque mudar na maioria das vezes é bom. E quando falo em mudança não estou me referindo só a coisas e métodos específicos, mas a leves ou profundas mudanças interior no sentido de uma melhor compreensão da vida, dos costumes e da maneira de ser de cada um. Estamos, por exemplo, no momento, propiciados a estabelecer normas e padrões que não são nossos como a questão da discussão política que passa por excessos e por radicalismos que têm influenciado a própria existência da família como instituição sagrada.

A que devemos esta modificação comportamental do indivíduo como ser humano? Muitos dizem que, em função das dificuldades com que as coisas estão acontecendo na vida do dia a dia, o ressurgimento de movimentos individuais ou coletivos que levem o ser humano a uma reação pode ser uma das razões do descomprometimento ou do novo comprometimento com causas que até não estavam acostumados. Com isso, o fator intolerância, por exemplo, pode ser analisado como um complexo envolvimento com causas coletivas e não com as individuais por encontrarem nelas forças novas para reações e vivências. Alguns diriam que se trata de uma espécie de covardia dissimulada; outros já atribuem à necessidade de exposição por se sentirem ameaçados em seus próprios sentimentos. O fato é que, as ações políticas, sim, têm sido causadoras de enormes modificações no ser humano, individualmente colocando-o praticamente numa vala comum de pensamento e de definições ideológicas.

Aí vem a grande pergunta: estes que estão fazendo parte de movimentos diferenciados e que estão sendo orientados, claro, estão em busca de reais objetivos ou estão em fase de especulação de suas personalidades? Claro que não estou buscando culpas nem culpados até porque podem estar certos e especulando estou eu. Mas como se tratam de movimentos relativamente novos e sem muita conotação histórica porque radicalmente divididos é preciso que à luz da psicologia de massas possamos entender o que alguns chamam de problema e outros de solução. O fato é que, pelo menos, dentro dessa geração do último século, o movimento “bolsonarista” não se assemelha a nenhum outro que historicamente tenhamos notícia.

A necessidade de afirmação ou de defesa de princípios, o que é humanamente normal, mostra-se anormal quando sai da defesa de ideias próprias para um emaranhado de situações improprias e que levam o cidadão a não saber exatamente qual o objetivo real. Simplesmente trazer à baila discussões de regimes outros que não os democráticos me parece profundamente inoportuno. Buscar resolver problemas que não foram resolvidos por ninguém não encontra solução no movimento. Lutar pela moralidade e pela família, claro que é justo e correto, mas tentar encontrar solução por uma simples eleição frustrada, aí não.

O fato é que a situação está aí exposta e, com certeza, não será por caminhos antidemocráticos que vamos resolvê-la. Pelo contrário, as lideranças deveriam estar buscando a paz, preparando uma oposição inteligente e se preparando para vencer ou não com suas ideias em outro momento. Beligerando é que, definitivamente não dá.

Em tempo, devo deixar claro que aqui não estou fazendo política, mas simplesmente usando a prerrogativa de jornalista analítico, até porque sempre será com análises ponderadas que construiremos os caminhos da paz.

FOTONOTAS

HENRIQUE COSTA – Pense numa pessoa “gente” de primeira linha que sabe onde tem os pés bem fincados naquilo que gosta e que faz. Pela segunda vez eleito para reitor da UNCISAL, Henrique exerce a sua função com humor e dedicação impressionantes. Sabe onde tem o nariz, sabe como administrar sem ferir pessoas e sabe como lidar com o mundo externo mostrando a pujança que vem fazendo parte daquela instituição de ensino. Com três hospitais sob sua orientação, Henrique não para buscando reformas, modernização e padrões de excelência. Mas o mais importante de tudo em Henrique é o seu poder de aglutinação com as pessoas, não só com as de sentido profissional, mas com as do mundo aberto. Vai longe! Muito longe!



ELIANA CAVALCANTE
– Como não podia deixar de ser Eliana Cavalcante esbanja sorrisos e simpatia por onde passa e sobretudo no exercício da sua profissão. Conhecida bailarina e professora de “ballet”, Eliana passa por cima das dificuldades com maestria. Assim foi recentemente com sua Academia que sofreu os horrores de estar no Pinheiro. Mudando de lugar à revelia e sob protesto, Eliana perdeu alunos, teve enorme prejuízo mas, apesar de tempos e contratempos deu a volta por cima e já está recomeçando as atividades plenas em outro lugar. Importante na vida é saber recomeçar, saber onde pisa, ter personalidade e lutar. Jamais deixar de lutar foi e é o lema de vida dessa alagoana de primeira cepa.


PARE PRA PENSAR (do meu livro do mesmo nome)


Para quem sabe ouvir, as palavras à sua volta podem ser muito importantes na vida.


ALERTAS DO DIA


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Isto não é um alerta, mas um agradecimento à Marinha Brasileira por incluir-me dentre os que compõem a honrosa seleção de “Amigos da Marinha”. E o digo com o coração aberto e repleto de orgulho porque sei da rigorosa seleção que é feita naquela instituição e que para entrar nessa lista as qualidades precisam ser muitas. Neste dia 07 de novembro fiz parte desta seleção e bastante satisfeito e emocionado com a solenidade ocorrida na sede da Capitania dos Portos de Alagoas quando me foi feita a imposição da Medalha “Amigo da Marinha” acompanhada do respectivo diploma. Agradeço ao Comandante Capitão de Fragata, Capitão dos Portos Luciano Teixeira e por seu intermédio levo às mais altas autoridades os meus mais sinceros agradecimentos.

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A propósito disto, minha história com a Marinha data de 1968 quando tive a oportunidade de ser o editor geral da Revista Mar, do Clube Naval e na época considerada uma espécie de revista oficial da marinha brasileira. Lembro-me bem que em um dos números, através de reportagem específica tornei-me o primeiro jornalista brasileiro a denunciar a ocupação de parte importante da Amazônia por estrangeiros. Não só com a invasão de terras à margem esquerda do rio Negro como com outro tipo de atividades, por exemplo, participação de mais de 51% nas ações da ICOMI, uma mineradora dita brasileira, mas controlada pela Bethleem Steel. Enfim, fizemos história na época, absolutamente pioneiros neste tipo de denúncia.

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Última terça-feira foi comemorado o Centenário do Rádio e o nosso querido amigo, Marcos Assunção tratou de aproveitar e realizar o seu anualmente esperado Prêmio Odete Pacheco. Dentre tantas personalidades que foram agraciadas, uma delas em especial foi o diretor da Rádio Senado em Brasília, o radialista e jornalista Celso Cavalcante. Aqui, além de homenagens recebidas, Celso proferiu palestra sobre a atuação da rádio Senado em todo o Brasil. Inclua-se nisso, a nossa Rádio Senado Cidadã. 105,5 levada ao ar por força de convênio entre o Senado Federal e o Tribunal de Contas de Alagoas. O alerta é para você, bom ouvinte, sintonizar a emissora. E ficar satisfeito.

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Para os que se interessam por administração pública e suas nuances, no próximo dia 16 e até o dia 18 começa, no Rio de Janeiro o Encontro dos Tribunais de Contas do Brasil. Uma série de discussões e temas importantes para o controle externo, uma necessidade crescente em todo o país e que está sendo entendido melhor pela sociedade, à medida em que ela começa a conhecer o profundo trabalho dos tribunais de contas para que os gestores municipais, estaduais e federais caminhem absoluta e rigorosamente dentro da lei. Quem quiser se inscrever para conhecer melhor este papel procure o site da ATRICON.

POR AÍ AFORA


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Norte-americanos apostam em vistos que permitem trabalhar em Portugal. Este ano, os EUA são a estrela dos vistos Gold, tendo destronado a liderança dos chineses. Mas estes cidadãos estão a optar por outros regimes para se instalarem no país. As estatísticas mostram que muitos norte-americanos chegaram a Portugal por conta dos vistos Gold, mas grande parte está a optar pelo D7, um visto que concede autorização de residência a pensionistas, titulares de rendimentos passivos e a cidadãos que pretendem trabalhar no país. Neste contexto, o fim das ARI (Autorização de Residência para Atividade de Investimento), como são designados oficialmente os vistos dourados, e a nova sistemática ajudando o comércio imobiliário no país.

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O Mar da Galileia, um lago, é o único com água doce em Israel, que tem o rio Jordão, mas apenas a parte norte tem água que vem do Monte Hérmon e que é a fronteira entre o país e a Jordânia. Há muitos anos fecharam a barragem Degania no lado sul do Mar da Galileia, para preservar a água. Até há pouco tempo ainda bombeavam água do mar da Galileia e distribuíam usando o canal nacional. Agora, na realidade - e é um fato desconhecido - cem milhões de litros por ano até são bombeados para os vizinhos jordanos. Israel ajuda os jordanos porque é mais fácil para o país e foi feito um acordo com a Jordânia para isso.

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O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, pediu que os conflitos mundiais não sejam usados como desculpa para fugir às responsabilidades relativas ao clima, defendendo que a humanidade tem de escolher entre solidariedade ou suicídio em massa. No seu discurso perante a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2022 (COP27), Guterres considerou que, apesar dos múltiplos conflitos que assolam o mundo como a guerra na Ucrânia ou o conflito no Sahel, as alterações climáticas têm uma escala e uma linha de tempo diferentes, já que constituem a questão definidora da época atual e o desafio central do século.

ATÉ A PRÓXIMA


Amanhã, sábado é dia de “BARTPAPO com Geraldo Câmara”. Na BAND, canal 38.1 aberto; NET CLARO, canais 18 e 518; BRISANETE, canal 14; VIVO, canal 519. Das 9 às 10h da manhã. Assista e inscreva-se também pelo Youtube no canal “Programas do Geraldo Câmara”. Fale conosco pelo [email protected] ou pelo Whats’App 82 99977-4399