Enio Lins

MELHOR JAIR ESCONDENDO SEUS PODRES

Enio Lins 18 de outubro de 2022

Shakespeare escreveu que “o diabo pode citar as Escrituras quando isso lhe convém” (O Mercador de Veneza, 1600) e anteontem, no debate da Band/UOL, o falso messias citou quem considera seu arqui-inimigo, o Ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral, por ele ter, naquele mesmo dia, desautorizado a veiculação de fala tida como pedófila do atual presidente da República.
Agressor contumaz
do Poder Judiciário, em especial do Supremo Tribunal Federal e, em particular, do Ministro Alexandre de Moraes, o falso messias temia a continuidade da divulgação de sua própria gravação (sem cortes ou montagens) onde ele dizia que “pintou um clima” com meninas menores de idade ao visitar uma casa de acolhimento de venezuelanas. A gravação desnuda a falsa moral do “mito”, que teatraliza permanentemente sua postura como “defensor da família”, dos “bons costumes”. Ao PT cabe cumprir a decisão do TSE. Isso poupou ao candidato miliciano o profundo incômodo de ter um pouco de seu fel exibido.
Declarações estúpidas
e contrárias à moral que diz professar é marca pessoal do Jair desde o início de sua carreira. Sua fraseologia usual é diametralmente oposta ao que possa ser considerado “princípios cristãos” em quaisquer vertentes do cristianismo. Da mesma forma, seus atos e palavras não se encaixam na conversa de “defesa da família” – e só para citar um caso nesse item, não se pode esquecer da perversidade dele ao fazer um dos filhos se candidatar contra a própria mãe (a então vereadora Rogéria B.) para destruir a carreira dela. E Carlucho, o 02, cometeu esse matricídio eleitoral.
O “mito”
perderia muitos votos se continuasse a ser veiculada essa sua gravação do “pintou um clima” com menores de idade? Provavelmente não. O fanatismo de sua trupe releva todas as estupidezes do “führer” miliciano. Vale tudo quando vem do capetão. Aí é onde mora o perigo, pois independente do resultado da eleição, essa diabólica criatura seguirá comandando – à sua exclusiva conveniência – uma manada de adoradores e uma bancada federal reforçada por estrupícios como Damares, Moro & trupe. Quem ousa resistir a essa onda de corrupção moral é alvo do ódio bolsonazista. Não se iludam com citações, pois o TSE, o STF, a imprensa, a liberdade, a Democracia estão na alça de mira do capitão de milícias, pois essa lombrosiana criatura acha que “pintou um clima”.



NOTAS

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O movimento “Médicos e Médicas pela Democracia” realiza hoje, no Sindicato dos Bancários, uma plenária para formalizar o apoio às candidaturas de Lula e Paulo Dantas.

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Importante corrente criada nacionalmente entre os profissionais de Medicina, o MMD foi a voz mais avançada em defesa da ciência durante a Pandemia.

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Aline Marta, uma das mais expressivas atrizes alagoanas em todos os tempos, acaba de receber importante prêmio nacional.]

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Por seu papel no filme “Carvão”, Aline Marta levou o troféu de Melhor Atriz Coadjuvante na edição 2022 do Festival do Rio de Janeiro.



HOJE NA HISTÓRIA

18 de outubro de 1871 – Morre Charles Babbage, cientista britânico considerado o “avô” dos computadores modernos. Informa o site TecMundo: “por volta de 1821, Babbage começou a tarefa de automatizar a produção de cálculos matemáticos. A ideia era criar uma máquina que conseguisse acabar de uma vez por todas com os principais erros que apareciam constantemente em tabelas de logaritmos, o que o deixava muito irritado”. Em 1834, ele projetou máquinas que “funcionava com base nas instruções de cartões perfurados e era movida a vapor, como em alguns trens. O projeto ainda possuía uma unidade central de processamento e memória expansível separados um do outro, o que é mais uma característica dos computadores modernos”. Infelizmente, sem financiamento, o cientista não conseguiu produzir sua invenção. Segundo a Wikipedia, apenas “entre 1985 e 1991, o Museu de Ciência de Londres construiu outra de suas invenções inacabadas, a ‘máquina diferencial’ usando apenas as técnicas disponíveis na época de Babbage”.

   

Máquina Analítica de Babbage (construída apenas no final do século XX)