Alisson Barreto

Corrente boa e magia branca existem?

Alisson Barreto 27 de janeiro de 2021
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Corrente boa e magia branca existem?

Algumas pessoas tentam distinguir magia em branca ou negra, mas é tudo magia. Situação similar vem acontecendo com a questão das correntes, sobretudo com o advento das redes sociais. Mas será que correntes, realmente, podem fazer bem? No caso da magia, tal prática infringe o primeiro mandamento, por tratar-se de uma tentativa de manipulação de realidades sobrenaturais, independentemente de chamá-la de magia negra ou magia branca. Além da incorrência na infração contra o primeiro mandamento, ao se buscar a suposta magia branca, ainda é de se questionar se o uso do termo não se trata de crime de racismo. Mas o simples fato de desviar o foco de Deus para buscar poderes sobrenaturais fora dele, por si, já deve ser suficiente para negar tal prática. No que tange à corrente supostamente positiva ou boa, os defensores dizem que se trata de corrente para promover o bem. No entanto, há aí uma infração, no mínimo, de ordem moral. Isso por haver uma máxima moral segundo a qual “os fins não justificam os meios”. Enquanto a prática justa leva ao agir na liberdade da verdade e do amor, a corrente leva ao agir na superstição e crendice escravizante sobre suposto dever de fazer algo ou mesmo chantagem para que o faça. A propósito, superstição também é pecado contra o primeiro mandamento. Ora, usar um mal para fazer um suposto bem quando se pode fazer uso do bem para multiplicar o bem é trocar a retidão pela malícia, ou seja, o agir benevolente pelo malevolente. Aliás, más práticas reiteradas têm levado alguns a acharem alegrias em malícias e malevolências, termos que afastam do entusiasmo (palavra que vem do grego, em Theos, em Deus). Mas a questão central aqui é o agir reto, cristocêntrico, versus o uso de um meio sob a expectativa de que o fim faça com que o meio se torne justo, ainda que não o torne. Ou seja, os fins não justificam os meios. Em outras palavras: os meios não são justificados pelos fins. Nota-se, nas correntes, o uso dos nomes de santos, de Maria e até mesmo Deus para se conseguir que outras pessoas enviem mensagens para um dado número de pessoas. Acaso Deus está subordinado ao seu anseio? Não, o seu anseio que deve dobrar-se diante de Deus. Às vezes a pessoa quer tanto uma coisa que atenta contra a liberdade de outrem. Quando, na verdade, deveria saber que Cristo liberta, não escraviza. Quebrem-se, pois, as correntes e a liberdade e o amor imperem! Como dizia Santo Agostinho: libertas vera est Christo servire (liberdade verdadeira é servir a Cristo). Dito isso, exsurge a indagação de como proceder diante uma corrente que propaga algo que se gostaria de divulgar. A solução vai do simples quebrar a corrente à possibilidade de editar o texto ou foto que mande replicá-la. Para tanto requer-se a não preguiça de simplesmente replicar uma corrente, enviando-a, e a força de não compactuar com correntes e, por amor a Deus, quebrá-las. Maceió, 27 de janeiro de 2021. Alisson Francisco Rodrigues Barreto