Saldos políticos em 2020

I

Olho de um lado e vejo o medo,

Produtor de cidadãos armados, de ilusão e exaltação.

Olho de outro e vejo do mesmo,

Generalizador em discriminação, cotas e sujeição.

Uma direita da força populista, com gritos armada.

E uma esquerda populista de doação esclavagista.

Mas tudo isso já não conquista.

O povo quer equilíbrio. Não ser equilibrista.

A derrota da direita torta

Foi vista em novas janelas

Que se abriram, fechadas as portas.

É vitória da democracia, quando se sai do extremismo

E se entra na virtude, saindo do “mesmismo”.

É a mudança pautada no juízo.

II

O anseio pela conservação de valores

Venceu a deturpação em clamores.

O anseio por equilíbrio, sem temores,

Está a vencer os gritos aterradores.

Esquerdas e direitas populistas

dominaram pela ilusão.

Uns iludem com a canção.

E outros, com o canhão.

No fim, tudo não passa de manipulação,

Caminho mais fácil à dominação

E perpetuação no poder.

Mas o povo está quase acordado,

Não quer o discurso do ódio e gritos.

Tampouco a subserviência aos corruptos.

O povo está cansado.

(Desfecho)

A nós, brasileiros, deem-nos luz

De esperança e confiança nos que conduzem.

Deem-nos oportunidades, que a gente produz.

São breves saldos políticos de 2020 －

Que se tornem saltos produtivos aos ouvintes －

E cortinas que se abrem ao horizonte.

Alisson Francisco Rodrigues Barreto