Independência dos políticos ou morte do país

(Soneto I)

Uma nação não morre, propriamente,

Mas, simplesmente, pode definhar, arrastar-se, sucumbir.

E daí? Pode um povo tornar-se escravo de seus governantes?

Desde muito antes, assim é o Brasil, demonstrando que sim, certamente.

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Votos de cabresto, nas eleições;

Programas sociais de cabresto, nas manutenções;

Empregos de cabresto, nas perpetuações.

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Cortam, então, a segurança de um concurso público.

Contam-nos buscar estado enxuto; mas querem é empregar pela janela.

Como ontem, eis o Brasil de hoje! Tudo muito lúdico.

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País, que comemora a independência de Portugal;

Mas faz do seu povo escravo do governamental,

Desesperançado de ascensão social,

Morto em discriminações pecuniárias.

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(Soneto II)

Do grito de independência ou morte para hoje,

Permaneceu um país sem o merecido norte.

De sorte, que seu rumo é guiado pela sede de poder.

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Onde está a dignidade humana, em abortamentos aprovados pelo Supremo?

A honra à soberania no viés bajulatório a forças exteriores? Falemos.

A cidadania na aquisição de congressistas por negociação de ministérios?

E o pluralismo político, na intolerância a quem pensa diferente? Isso é sério.

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Dizei-me o que fazem com a esperança de quem nasce na favela?

Se a educação está sucateada ou condenada como bagatela.

Mas para quem estuda haveriam os concursos. Sim, se não fossem protelados

E se não promovessem tanta janela!

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Independência ou morte, gritou meu povo,

Que, de gritar, rouco tornou-se

E tanto silenciou.

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Alisson Francisco Rodrigues Barreto