Alisson Barreto

Leis de grupos e o véu da desvaloração humana

Alisson Barreto 19 de novembro de 2019
Leis de grupos e o véu da desvaloração humana
Reprodução - Foto: Assessoria
Leis de grupos e o véu da desvaloração humana Por Alisson Barreto Publicado em 19/11/19 [embed]https://youtu.be/KVFTztW0kZo[/embed] Há uma multiplicação de legislações protetivas a grupos étnicos, etários, sexuais e os indicadores de violência parecem não diminuir. O que está por trás disso? É preciso analisar as causas dessas necessidades legislativas.

(A)

Lei, ó lei, o que te motiva?

Proteção, ó proteção, o que queres proteger?

Homem, ó homem, o que te anima?

Basta assistir a um telejornal e se percebem novas leis de proteção ou notícias de agressões a negros, índios, mulheres, idosos... As leis se multiplicam para tentar dar conta da escalada de violência, mas o que se vê são reações polarizadas, infrações às leis, novos entendimentos que incluem como discriminação o que não discriminava e, no fim, o que era para unir se vê diante da segregação.

Há uma parcela precisando de proteção.

Outra tentando oferecê-la por meio do ódio.

O ódio não vence a canção.

Só o Amor é solução.

Ora, se na espécie humana (homo sapiens) não há raças, por que há seres humanos que dizem que são de determinada raça, falam em discriminação racial e em orgulho de ser de determinada raça? Falam em relação à etnia; porém, por força social, empregam termo, biologicamente, inadequado. O fato em si não é a questão de raça, mas o problema da discriminação de seres humanos em função da cor. Quem dera todos fossem daltónicos para as cores das peles humanas. Mas o que ocorre é uma espécie de segregação do diferente, possivelmente, resquício das épocas tribais. Observe que, similar, comportamento se dá na xenofobia.

Nas praças, questões sem graça.

Não é tanto se há discriminação de raça.

Problema é o contentamento sem a graça.

Uma felicidade sem Deus é desgraça.

Insistindo no aspecto científico, para se referirem à sexualidade com que se identificam, trocam tendências, inclinações e opções sexuais pelo termo gênero. Ora, masculino e feminino são sexos, nessa espécie de reprodução sexuada chamada de homo sapiens. Como se não bastasse, incluem na legislação o destrato ou discriminação a homoafetivos como crime de racismo. Pergunta-se: foi descoberta alguma raça homossexual na espécie humana? Ora, é certo que se os homo sapiens tiverem gerado uma raça seria algo fenomenal e se tal raça for de prática homossexual será uma descoberta ainda mais incrível, pois estar-se-á diante de uma raça, a primeira entre as espécies, incapaz de procriar pelas vias estritamente naturais.

Pés de volta ao chão, à humildade!

Homem ou mulher como são, à santidade!

No fundo, cada um sabe o que é, na humanidade.

A essa altura, podem alguns leitores estarem incomodados; pois tamanho é o abismo entre linhas de pensamento e comportamentos que, em meio a muitos desrespeitos, pensar diferente passou a ser considerado ofensivo. Talvez nunca na história contemporânea o mito da caverna se fez tão presente. A incapacidade de lidar com o diferente - incluindo, em alguns casos, o sexo oposto - tem levado muitos a segregações, maus tratos, discriminações, violências, agressões.

(B)

Concordar é acidental, respeitar é essencial.

Quem não apazigua o próprio coração como vai reclamar da guerra?

A referência é o que humaniza, não o animal.

A humanidade precisa reaprender a amar e para isso é preciso reaprender a amar-se. Prova disso é que muitos preferem dedicar zelo a animais e plantas a reconhecer e prezar pela dignidade humana. E o mais gritante exemplar desse desamor é pessoas se declararem a favor da morte de inocentes antes mesmo de nascerem. O que se agrava é quando são possíveis mães a defenderem a morte de seus filhos que não nasceram.

Ó homem, não sejas bestial!

Tens mais a oferecer.

Tens vocação celestial!

Em outras palavras, se multiplicarem as leis e não aumentarem o amor, as leis nunca serão suficientes para a adequada qualidade de vida. É preciso que o amor vença no coração humano para que o coração humano encontre paz. Mas ainda são muitos corações humanos a não fazerem a opção preferencial por Nosso Senhor Jesus Cristo. Oremos.

Assim passa a vida,

Passa o tempo.

Não passes pela vida,

Sem amar,

Perdendo tempo.

.

Podes de alguém não gostar

Porém, não deixes de amar.

Talvez penses que não podes,

Mas o Céu é o teu lugar.

No amor de Maria, Maceió, 19 de novembro de 2019.

Alisson Francisco Rodrigues Barreto*

*Alisson Francisco Rodrigues Barreto é poeta, filósofo, bacharel em Direito (Universidade Federal de Alagoas), pós-graduado (Escola Superior de Magistratura de Alagoas), autor do livro “Pensando com Poesia” e do blog “A Palavra em palavras”. Este, desde 2011, na Tribuna (TribuaHoje.com).