Direita ou esquerda, vou ver!

Por Alisson Barreto

Publicado em 23/10/2019

O leitor não leu errado o título. É um convite a ver os lados e o que quer à frente. O mundo pede socorro, os corações também. E suas escolhas: elas proporcionam o bem?

(I)

Se andas para o lado, por que reclamas que não vais para a frente?

Se colhes amoras, por que dizes plantar goiabas?

Quem promove aborto não defende o direito das gentes.

Liga-se a televisão e se vê uma série de rebeliões, na América Latina; testes de armas, no oriente; poder de influência da Rússia crescendo, no leste europeu… E uma guerra de informações acerca do que, realmente, acontece no Brasil. Afinal, o que está acontecendo com o mundo?

Tu te preocupas com fake News?

Quando olhaste para o fundo de teu coração?

Acaso, tua falta à Confissão, Jesus não viu?

Antes de falar de política, vamos falar de religião? No ambiente católico, há radicais tradicionalistas buscando (fora da verdadeira Tradição) argumentos para combater clérigos e clérigos dando-lhes subsídios ao darem espaço para membros da teologia da libertação (uma filosofia teológica com base mais em Marx do que em Cristo) espalharem suas sementes. E diante desse cenário, a necessidade de oração pelo Papa, para que saiba arrancar os joios para que o trigos continuem a crescer. Afinal, necessitamos do Pão da Vida.

Antes de reclamar, orar.

E lembrar-se de que nem sempre o diferente é errado.

Nem sempre a novidade é evolução.

Nem sempre o resgate é salvação.

Um dos pecados que mais afligem a sociedade atual é o da desesperança “prática”. O pecado em si é o da desesperança, que consiste em deixar de esperar em Deus. Óbvio que esse esperar não é um mero esperar estático, mas um esperar esperançoso. Acontece, porém, que ao ver o joio crescendo em meio ao trigo, muitos se desesperam e, em vez de aguardarem o amadurecimento (tempo em que as características do joio tornam fácil a distinção e a eliminação do trigo), tomam partido contra os plantadores da fazenda, muitas vezes tornando-se, sem saber, aqueles a quem combatem: o joio.

Troque a desesperança pelo esperançar.

O copo meio vazio pelo meio cheio.

A fome, no mundo, pelo saciar.

O desânimo pelo animar!

Ora o joio foi plantado por criminosos que não são da fazenda, mas muitos atacam os próprios fazendeiros para alegria dos inimigos. E são muitos os servos que se precipitam em escolher joios porque não sabem esperar o discernimento nem confiam na ação do Espírito Paráclito no coração de quem foi escolhido para agir em nome da Cabeça. São muitos os servos que tomam para si o senhorio e em vez de servir, combatem. São muitos os que querem ser influenciadores, mas poucos os capazes de ouvir.

(II)

Tentaram matar o Padre de Branco.

Convenceram serviçais de fazendas.

Àquela que é una, atacaram pelos flancos!

Levaram a duvidar do Fazendeiro de Branco.

No fim das contas, parece-nos que só o futebol está escapando de tais confusões. Mas cautela: torcedores com anseio por briga são muitos. E o que fazer? Coragem! Basta olhar para onde devem estar focados os olhos: o amor de Cristo e Sua Palavra no Coração de Sua Igreja.

A quem olha para trás: virar estátua de sal é o estágio seguinte.

Quem se prende ao retrovisor: cuidado com o carro da frente.

O bom é olhar para Cristo

E caminhar sobre as águas, adiante!

Que Deus nos ajude a buscarmos mais a oração para a orientação das escolhas e opiniões do que nas vozes que reclamam nas redes sociais! Que nos lembremos que o Espírito Santo é Paráclito e que um de Seus frutos é a paz.

Para frente e atravesse a ponte,

A produzir frutos.

E a paz seja uma constante.

Se o mundo está numa corda bamba, por que olhas para a direita ou esquerda em vez de olhar para o Cristo que te espera?

Se discorda da vida, recorda:

Só Cristo é o caminho e, plenamente,

É a verdade, minha gente!

Um forte abraço a todos. Paz e Bem!

Maceió, 23 de outubro de 2019.

Alisson Francisco Rodrigues Barreto1

1Alisson Francisco Rodrigues Barreto é poeta, filósofo, bacharel em Direito (Universidade Federal de Alagoas), pós-graduado (Escola Superior de Magistratura de Alagoas), autor do livro “Pensando com Poesia” e do blog “A Palavra em palavras”. Este, desde 2011, na Tribuna (TribuaHoje.com).