Sérgio Toledo

Lições da paralisação dos caminhoneiros.

Sérgio Toledo 29 de maio de 2018
Meu pai possuía uma fábrica de cama. Vendia para todo o Norte e Nordeste. Seus produtos iam de trem de Maceió até Manaus e Salvador, saindo de uma subestação ferroviária que existia no início da Sá e Albuquerque. Se Você já viajou pelos estados da nossa região verá que todos os municípios por pequenos que seja possuem estação ferroviária, hoje desativada, servindo de museu ou aos eventos tradicionais. Caruaru, Bezerros, Gravatá, Garanhuns, para citar as mais conhecidas em Pernambuco. Capela, São José da Lage, Piranhas, em Alagoas. Fica a pergunta: por que todas foram desativadas? Inclusive as estações ferroviárias das capitais, como a de Recife. Lembro que estudava medicina na Veneza brasileira, quando meu Avô materno Antônio Cabral Toledo foi até Recife pegar um trem e voltar para Maceió numa viagem de dois dias para rever muitos municípios. E a nossa orla marítima por que não ser aproveitada? Quantos caminhões um trem ou um navio pode transportar? Como não seria barateado o frete? Quanto que a natureza seria beneficiada pela ausência de poluição pela queima de óleo diesel e outros? São perguntas que ficam no ar e que os políticos que governam o País continental deveriam saber responder e resolver, pois cabem aos mesmos as soluções.