Sérgio Toledo

Civilidade.

Sérgio Toledo 21 de março de 2018
Uma vez em Caruaru ao chegar ao restaurante do hotel saudei a todos com um bom dia. Um senhor chegou ao meu lado e perguntou: o senhor não é daqui? Sou alagoano. Logo vi. Fiquei espantado porque é algo natural para mim e para muitas pessoas que conheço. Meu avô materno quando vivo fazia uma festa ao encontrar pessoas: bom dia, boa tarde, de onde vem para onde vai? Eu achava engraçado. Trabalho no edifício Harmony Medical Center na jatiúca. Uso o elevador várias vezes. Entram e saem pessoas e não escuto nenhum bom dia, boa tarde ou boa noite. O que está acontecendo com o ser humano? Será que são os afazeres do dia a dia que estão enrijecendo as pessoas, fazendo com que elas só enxerguem o seu mundo e mais ninguém ao lado? Ou será mesmo falta de educação caseira e civilidade? Vejo nas ruas motoristas em cruzamentos que se sucedem colocarem os seus possantes automóveis ou não tão possantes fechando os mesmos não deixando os outros motoristas passarem. Em determinadas ocasiões de sair ou entrar no fluxo de veículos nenhum reduz a velocidade ou param para o outro veículo acessar o fluxo. Em estacionamentos de shoppins ou supermercados as vagas de idosos, gestantes e deficientes são ocupadas por seres humanos que não possuem as qualificações para tal. Em locais públicos, como salas de espera, os homens não cedem as cadeiras para as senhoras ou os jovens para os idosos. Civilidade, educação caseira, estão mesmo ficando em desuso.