Sérgio Toledo

Quem inspira você?

Sérgio Toledo 17 de julho de 2017

Vamos deixar de lados os familiares.

Cursei o terceiro ano de colégio no Marista de Recife localizado na Avenida Conde da Boa Vista. Em frente fiz o cursinho preparatório para o vestibular. Chamava-se Pernambucano e tinha um professor de biologia bastante admirado e querido. Professor Divaldo Neves Azevedo. Alagoano por sinal.

Sendo aprovado no vestibular, cursando a Faculdade de Ciências Médicas de Pernambuco ao chegar ao quarto ano iniciei as atividades em traumatologia. Fui parar no Hospital Santo Amaro. Lá encontrei o Professor Doutor Antônio Bruno Maia. Minha primeira inspiração. A Ele devo a minha indicação para fazer pós-graduação no Hospital das Clinicas da USP. Em Recife encontrei no ortopedista paraibano Juracy Nunes a segunda inspiração.

Já em São Paulo no Hospital das Clinicas da USP, encontrei o Professor e doutor Manlio Mário Marco Nápoli. Recentemente ao fazer um curso de medicina do esporte tive a oportunidade de revelo no próprio hospital onde estava com a esposa operada de fratura do colo do fêmur. Ao me avistar foi logo falando do acontecido e como professor já me dando uma aula sobre a referida fratura.

Aos três médicos ortopedistas citados devo minha inspiração para toda a minha vida pessoal e profissional.

Professor Bruno Maia como era conhecido por todos lecionava para os alunos da Universidade Federal de Pernambuco, porém não se furtava de ensinar e orientar aos outros como Eu que vinha da Faculdade rival. Correto, educado, fino no trato. Apesar de ter uma deficiência auditiva, fala baixo. Sabedor da arte ortopédica nos ensinava sempre no dia a dia. Foi Ele quem proporcionou a minha primeira cirurgia. Um cisto sinovial de punho. Operei e o próprio me auxiliou.

Juracy Nunes não era querido pelos outros colegas estudante, pois era muito exigente e até certo ponto “fechado”. Entretanto um seu ensinamento para mim foi de uma imensa importância. Disse que deveria iniciar a minha atividade cirúrgica auxiliando cirurgiões gerais, pois assim eu iria ter uma maior habilidade quando das cirurgias ortopédicas e no comando da sala de cirurgia e mesa cirúrgica. Assim obedeci.

Já Professor Nápoli era tido como grosso no trato pessoal pelos residentes do HC da USP. Pessoalmente nunca achei. Sempre fui muito bem tratado pelo mesmo a ponto de ao operar o meu primeiro caso de pé torto congênito o Professor Nápoli foi o meu auxiliar!