Roberto Baia

Um mês de angústia

Roberto Baia 05 de julho de 2017
Um mês de angústia
Reprodução - Foto: Assessoria

Ontem, dia 4, completou um mês do desaparecimento da menina Cleciane Pereira da Silva, de apenas 10 anos, em Arapiraca. Para a mãe da garotinha, Cledja Pereira, o clima é de angústia e aflição, para a polícia as buscas pela garotinha continuam, mas a esperança de encontra-la viva é mínima.

 

Mantém esperança

De acordo com a mãe de Cleciane, dona de casa Cledja Pereira da Silva, a família mantém acesa a esperança de que ela seja localizada com vida. “Não penso em outra coisa, já não durmo e como direito, hoje a minha vida é de sofrimento e dor. Não sei mais o que fazer. Quero a minha filha de volta”, apelou à dona de casa.

 

Dia do sumiço

De acordo com a família, a menina saiu de casa, no dia 4 de junho, no Conjunto Residencial Agreste, no Povoado Fazenda Velha, na cidade de Arapiraca. Segundo Cledja Pereira, no dia do seu desaparecimento entrou no quarto e não  encontrou a filha. Momentos antes, a menina havia insistido para ir à casa da avó, localizada na zona rural do município de Igaci.

 

Não encontrou

Depois de procurar Cleciane Pereira por toda a vizinhança, a mãe acreditou que a filha poderia ter saído, escondida, para a casa da avó.

Contudo, ao entrar em contato com a família, a dona de casa foi informada que a sua filha não teria chegado à casa da avó.

Desesperada, a mãe foi no dia seguinte até a Central de Polícia de Arapiraca registrar o sumiço da filha.

 

OAB no caso

Por conta da origem pobre da menina, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), seccional de Arapiraca, entrou no caso para apoiar o Conselho Tutelar de Arapiraca e a Polícia Civil na procura por pistas do paradeiro da garota.

As buscas continuam e, quem puder ajudar com alguma informação relevante, pode ligar para a Polícia Civil de Arapiraca, pelo Disque 181, pelo WhatsApp da 4ª Delegacia Regional, pelo 9.8234-6127, e pelo telefone do Conselho Tutelar de Arapiraca (82) 99620-0125.

 

Greve dos professores

Cresce o movimento dos professores de Arapiraca, que estão com os braços cruzados há 55, reivindicando reajuste salarial na ordem 7.64%.

Na manhã de ontem (4), enquanto participavam de uma reunião para discutir o Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), os vereadores de Arapiraca, suspenderam a reunião com os consultores jurídicos da Casa, para receber os trabalhadores da área educacional do município que recusaram a proposta do Poder Executivo de 2,33%, a partir de setembro.

 

Corte dos salários

A reunião, que foi coordenada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Alagoas (Sinteal), Núcleo Regional de Arapiraca-Agreste, teve a participação do presidente da entidade, André Luiz, que falou para vereadores e mais de 200 professores que superlotaram a galeria da Câmara Municipal, lamentando a posição do prefeito Rogério Teófilo (PSDB), que cortou o salário dos dias parados, mesmo estando eles amparados por lei, justamente, porque segundo o sindicalista, a justiça não considerou a greve ilegal.

 

Protesto nas ruas

O protesto dos professores teve início pelas principais ruas de Arapiraca e terminou na Câmara Municipal, quando a presidente, a Professora Graça, com os demais vereadores que fazem parte da Mesa Diretora, convidaram os professores para ocuparem o plenário, para que os parlamentares pudessem ouvir quais suas reivindicações.

 

Vereadores

Estiverem presentes, os vereadores, Moisés Machado, Professora Graça, Rogério Nezinho, Willomaks da Saúde, Melquisedeque de Oliveira, Léo Saturnino, Gilvania Barros, Fabiano Leão, Pastor Marcos Caetano, Thiago ML, Fábio Henrique e Sérgio do Sindicato.

Cobrados pela presidente do Sinteal em Alagoas, Consuelo Correia, se os vereadores estariam em recesso, o próprio vereador e vice-presidente Moisés Machado, disse que por sugestão sua, foi acatada a decisão de todos os vereadores só entrarem de recesso, que deveria iniciar este semana, só retornando a partir de primeiro de agosto, quando os professores retornassem as aulas, em apoio à categoria.

 

Penedo

Com Fernando Vinicius: O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Penedo (SINDSPEM) realiza assembleia geral extraordinária com os trabalhadores da Educação nesta quarta-feira, 5 de julho. O ato acontece no auditório Joaquim Reis de Santana, na sede do SINDSPEM, com primeira chamada às 9 horas e a segunda às 9h30.

 

Reajuste

O ponto principal da pauta é a definição do posicionamento dos servidores da Educação sobre a proposta de reajuste anunciada pelo governo apenas para professores, lançada de forma unilateral e sem qualquer diálogo prévio com trabalhadores e sindicato.

 

... As demais categorias de trabalhadores da Educação e do funcionalismo municipal amargam 5 anos sem reajuste real de salário, situação agravada pela inflação que diminuiu o poder de compra do servidor efetivo da Prefeitura de Penedo em menos 41,6%, percentual calculado pelo IPCA de maio de 2011 até maio de 2016.

 

... Penalizada em 2017 com o fim do horário corrido, o que implica em mais custos com transporte e a impossibilidade de complementar a renda familiar ou investir em sua qualificação pessoal no período da tarde, a maioria dos servidores municipais sobrevive com apenas um salário mínimo (R$ 937,00) quando deveria receber atualmente R$ 1.321,17.

 

... A assembleia geral desta quarta-feira, 05, debaterá o achatamento salarial e também vai analisar, discutir e votar a proposta de reajuste apresentada pelo governo. Informes gerais e encaminhamentos também constam na pauta do encontro promovido pelo SINDSPEM.