Alisson Barreto

Seu deus é Deus? (PARTE 2 DE 2)

Alisson Barreto 11 de outubro de 2016

Se você não leu a primeira parte, pode lê-la, acessando http://www.tribunahoje.com/blog/14078/a-palavra-em-palavras/2016/10/11/seu-deus-e-deus-parte-1-de-2.html

Seu deus é Deus? Os camuflados deuses egolátricos

Conteúdo

PARTE I

- Seu deus é Deus? Os camuflados deuses egolátricos.

- Explicando o universo e a criação.

PARTE II

- A egolatria.

- O Amor Deificante.

  

PARTE II - Egolatria x Amor deificante A egolatria

Na verdade, a maioria das pessoas adora a um deus que se adéque à sua concepção de deus, deixando de aceitar tudo o que lhes tire da zona de conforto. Em outras palavras, muitos praticam a egolatria (adoração ao próprio eu), achando que estão adorando ao Deus único.

Latria é o culto destinado a Deus. Há os que praticam a adolatria a falsos deuses, a essa prática chama-se de idolatria. Portanto, quando alguém trata como deus quem não é Deus, tal pessoa adora a um ídolo e, por conseguinte, pratica idolatria (latria a um ídolo). O termo egolatria é aplicável quando, no fundo, percebe-se que a pessoa adora a si mesma.

O primeiro mandamento determina que se ame a Deus mais que tudo. Mas o ególatra ama a si próprio mais que tudo. Tal prática é muito incentivada pelos adeptos da ideologia de O Segredo, tão difundida nas redes sociais. Ali, os adeptos buscam suas realizações na mentalização e no endeusante foco de si próprios.

Há uma grande diferença entre endeusamento e deificação.

O Amor Deificante

O egoísmo é endeusante egolatricamente. Diferentemente, o Cristianismo é deificante por santificação. Explicando.

O amor verdadeiro vem de Deus e configura o indivíduo a Ele. Assim, enquanto no egoísmo a pessoa se volta para si como fim de si mesma; no Cristianismo, o cristão se volta para a realidade bidimensional do amor, que o leva a se superar para amar mais a Deus (amando-O acima de tudo) e para amar mais ao próximo por amor a Deus. O amor cristão leva à superação da própria capacidade de amar para cumprir o preceito de amar aos outros como primeiro Cristo nos amou.

A busca pela Verdade leva o cristão a amar ao ponto de superar as barreiras que o prendem no amor próprio e nas filosofias, ideologias e teologias humanas ou angelicais, para amar segundo a teologia oriunda da revelação que transcende as concepções humanas e motivam o fiel a se configurar no Corpo de Cristo ao ponto que seja novo em Cristo e espelho de Cristo no mundo atual.

O amor cristão é deificante porque configura aquele que o vive em Cristo. A deificação é o processo de santificação que faz do cristão cristificado. Só há um santo, que é o Cristo. O cristão é plenamente cristão quando ele é plenamente santo, cristo no Cristo, ungido para o bom combate! Não se trata de um outro deus, trata-se da participação no Corpo do Senhor.

Todos os santos são assim chamados porque se despiram de tudo o que lhes afastara de Cristo, fazendo-se totalmente Corpo de Cristo. Ou seja, tamanha foi a adesão deles que o Espírito Santo fez deles totalmente configurados no Cristo, derramando o amor, as bênçãos e a luz de Deus sobre os que os se lhe achegassem.

Não há santo que não seja membro do Corpo de Cristo. Não há Corpo de Cristo que não seja filho de Maria. Não há salvação fora de Nosso Senhor Jesus Cristo!

 

Maceió, 10 de outubro de 2016.

(postado em 11/10/2016)

No amor de Maria, na amizade com os anjos celestes e sob a misericórdia Divina,

Alisson Francisco Rodrigues Barreto[1]

[1] Poeta, filósofo; bacharel em Direito, pós-graduado. Autor do livro Pensando com Poesia e do blog A Palavra em palavra. Católico leigo missionário, membro do Amme – Amigos Marianos Missionários da Eucaristia.