Saúde

Sesau alerta para baixa procura pela vacina contra Influenza

Campanha é prorrogada até 15 de junho e meta é vacinar 90% dos grupos prioritários

Por Texto: Marcel Vital com Agência Alagoas 06/06/2018 17h46
Sesau alerta para baixa procura pela vacina contra Influenza
Reprodução - Foto: Assessoria
Faltam nove dias para a campanha de vacinação contra a influenza acabar, mas, apesar do pouco tempo, 114.796 pessoas dos grupos prioritários ainda não compareceram aos postos de saúde em Alagoas. Desde o início da campanha, foram imunizadas 566.006 mil pessoas, o que corresponde a 83,07% do público-alvo. O índice está abaixo do esperado, uma vez que a meta era vacinar 90% dos alagoanos antes da prorrogação do prazo, que era dia 1º de junho. Entre os grupos eleitos como prioritários, o que registram menores coberturas são as das crianças e das gestantes, que têm taxas de 70,38% e 76,97%, respectivamente. De acordo com Mardjane Lemos, superintendente de Vigilância em Saúde da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), a cobertura da vacina em Alagoas está heterogênea. Dos 102 municípios alagoanos, 43 já atingiram a meta dos 90%, enquanto os demais estão abaixo da meta preconizada pelo Ministério da Saúde (MS). Mesmo com a campanha encerrando no dia 15 deste mês, a vacina vai continuar disponível nas unidades de saúde do Estado até que se consiga atingir, de fato, todo o público-alvo. A lista inclui idosos acima de 60 anos, crianças de seis meses a cinco anos de idade, gestantes, puérperas – mulheres com até 45 dias após o parto –, profissionais da área da saúde, do sistema prisional e professores, população privada de liberdade, indígenas e portadores de doenças crônicas. Mardjane Lemos ressalta importância da vacina contra a Influenza (Foto: Carla Cleto / Agência Alagoas) “Pedimos que a população procure uma unidade de saúde e vacine-se. Temos apenas mais uma semana de campanha e contamos com o envolvimento de todos. A gripe não é uma doença grave, mas, entre os grupos prioritários, pode se agravar sim, inclusive evoluindo para o óbito, e a vacina é uma das melhores formas de evitar que isso aconteça. Quanto mais as pessoas demorarem a se vacinar, maior o risco de contraírem a o vírus da gripe”, alertou. A preocupação com a baixa procura pela vacina faz sentido, já que nesta época do ano é o período de maior circulação dos vírus H1N1, H3N2 e influenza B, que podem provocar formas graves da gripe. Portanto, a vacina é a principal forma de prevenção, pois diminui a circulação do vírus. Outros cuidados também ajudam a diminuir o risco de transmissão da doença, como evitar ambientes fechados ou com pouca circulação de ar, lavar bem as mãos e, ao tossir, usar o antebraço para tapar a boca. Segundo Mardjane Lemos, os três vírus têm o mesmo comportamento, ou seja, nenhum deles é mais agressivo que o outro. “O H1N1, H3N2 e influenza B são igualmente capazes de provocar uma doença grave para quem faz parte de grupos de risco, a exemplo dos idosos e das crianças menores de cinco; e, no caso das pessoas mais jovens, tende a provocar uma infecção leve”, frisou. Sintomas Os sintomas são semelhantes aos da gripe comum, e se apresentam como febre repentina (acima de 38°C), dor de garganta, associado a dor de cabeça, dores musculares, dores nas articulações, coriza e falta de apetite. Sintomas respiratórios como tosse e piora da asma para asmáticos também são comuns. Algumas pessoas também podem apresentar diarreia e vômitos. “É recomendado que os pacientes que apresentarem sintomas que envolvam secreções nasais, tosse ou espirro recebam máscara cirúrgica com o intuito de evitar a transmissão do vírus. Os adultos podem transmitir a doença no período de sete dias após o aparecimento dos sintomas. Nas crianças, este período vai de dois dias antes até 14 dias após aparecerem os sintomas”, explicou Mardjane. A vacina está disponível em todas as unidades de pronto atendimento e nos hospitais que possuem leitos de internação de UTI [Unidade de Terapia Intensiva], com o intuito de agilizar o tratamento para aqueles casos que não se vacinaram e acabaram contraindo a infecção.