Saúde

Sesau lança campanha de prevenção à hanseníase, verminoses, tracoma e esquistossomose

Objetivo é esclarecer estudantes sobre sinais e sintomas, favorecendo diagnóstico precoce

Por Assessoria 29/03/2018 00h23
Sesau lança campanha de prevenção à hanseníase, verminoses, tracoma e esquistossomose
Reprodução - Foto: Assessoria
A Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) lançou, nesta quarta-feira (28), a V Campanha Nacional de Hanseníase, Verminoses, Tracoma e Esquistossomose, que visa esclarecer os escolares, de 5 a 14 anos de idade, matriculados no ensino fundamental da rede estadual, sobre os sinais e sintomas favorecendo o diagnóstico precoce e o tratamento imediato. O evento aconteceu no auditório da Escola Estadual José Correia da Silva Titara, localizada no Centro de Estudos e Pesquisas Aplicadas (Cepa), no bairro Farol, em Maceió. De acordo com o secretário executivo de Gestão Interna da Sesau, Delano Sobral Rolim, o papel da pasta na visita à escola foi o de sensibilizar os alunos, de modo que eles funcionem como efeito multiplicador para seus amigos e família. “A ideia é transmitir para os alunos as informações essenciais sobre transmissão, prevenção e tratamento, de maneira que eles funcionem como disseminadores desses conteúdos, não só no ambiente escolar, mas, sobretudo, na estrutura familiar. Que consigamos unir educação e saúde, para que possamos evitar essas quatro doenças, que são o objeto da campanha”, destacou. Durante sua palestra, o assessor técnico de Vetores, Zoonoses e Fatores Ambientais da Sesau, Carlos Eduardo da Silva, explicou aos alunos, de forma bem-humorada, o que são os vermes, como se adquire, o desenvolvimento deles no interior do organismo e quais os sintomas e as consequências para as pessoas com verminoses. “Temos um problema muito grave, visto que em alguns bairros há falta de saneamento básico, e isso é um fator determinante para a ocorrência dessas doenças. Portanto, com essas orientações e o tratamento daquelas crianças que forem diagnosticadas com verminoses, pretendemos, assim, diminuir a quantidade, principalmente, a faixa etária preconizada pela campanha, que é de 5 a 14 anos, para se evitar exatamente essas doenças”, frisou. Em conversa com os professores e alunos, a técnica do Programa de Hanseníase da Sesau, Selma Ferreira de Castro, explicou que toda mancha com perda de sensibilidade precisa ser examinada. “A iniciativa é uma oportunidade para a detecção de novos casos, porque as crianças são desprovidas de preconceitos que, muitas vezes, podem atrapalhar o diagnóstico da hanseníase, uma doença que ainda é cercada de tabus. A ideia é que essas mesmas informações sejam levadas para a família, sendo possível fazermos uma busca ativa mais ampla”, comentou. A técnica do Programa de Hanseníase da Sesau ressaltou ainda que, para detecção de casos da doença, a estratégia da campanha consistirá na utilização da ficha de autoimagem que contemplará sinais e sintomas sugestivos da enfermidade. A ficha será entregue a cada aluno, a qual será preenchida pelos pais ou responsáveis e, posteriormente, devolvida à escola. As fichas serão triadas pelos profissionais de saúde e os casos com lesões suspeitas de hanseníase encaminhados para avaliação e início do tratamento, caso confirmado o diagnóstico. A investigação e o tratamento da hanseníase são ofertados pelo Sistema Único de Saúde (SUS), disponível nas unidades de referência do Estado. O diretor da Escola Estadual Teotônio Vilela, no Cepa, Cássio Costa de Lima, destacou que a ação promovida pela Sesau conseguiu potencializar ainda mais os resultados dessa intervenção. “A visita da Sesau à nossa escola foi muito importante, porque a gente possibilita aos estudantes do 6º ano terem acesso a essas informações, facilitando a abordagem para realizar ações educativas e identificando precocemente essas doenças. A escola, hoje, atende cerca de 300 estudantes oriundos de 32 bairros diferentes da capital, de maneira que eles, em grande parte, moram em locais desprovidos de saneamento básico. Então, esses conteúdos chegando até os alunos, é uma maneira a mais de eles ampliarem o conhecimento e terem os cuidados necessários”, elogiou. O estudante Yago Gabriel Salvador da Silva, de 11 anos, não desgrudou seu olhar das palestras, e anotou, com cuidado, todas as informações repassadas pelos profissionais. “Estou aprendendo bastante e vou passar tudo isso pros meus pais quando chegar em casa”, disse.