Saúde

Em dois anos, H1N1 mata treze pessoas em Alagoas

Infectologista ressalta que, apesar da doença não ser epidemia no estado, é preciso tomar a vacina anualmente

Por Lucas França com Tribuna Independente 27/03/2018 08h37
Em dois anos, H1N1 mata treze pessoas em Alagoas
Reprodução - Foto: Assessoria
De acordo com dados da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), a Gripe H1N1 já matou 13 pessoas em dois anos em Alagoas. No ano passado foram confirmados três óbitos pela doença e em 2016 foram confirmadas 10 mortes. Nesse período foram registrados 62 casos da doença, 52 em 2016 e 10 em 2017. VACINAÇÃO A Campanha Nacional contra a Influenza H1N1 é anual e está prevista para ocorrer no período de 16 de abril a 25 de maio de 2018 de acordo com informações das secretarias de saúde. Em relação aos casos de gripe convencional, a Sesau e a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) informam que não há números precisos sobre a quantidade de notificações, porque não é uma doença de notificação compulsória. Segundo o Ministério da Saúde (MS), as unidades não registram dados. Mas, segundo os infectologistas, é comum nessa época do ano as pessoas procurarem as unidades de saúde com sintomas semelhantes: febre, dor de cabeça, coriza, dor de garganta, dores abdominais, enjoos e mal-estar. Os indícios e diagnóstico, na maioria das vezes, apontam para virose. De acordo com os especialistas, as viroses podem ser resultado da ingestão de água e alimentos contaminados ou ser transmitida através do ar. Existem mais de 50 tipos de viroses comuns e na maioria dos casos os cuidados podem ser feitos em postos de saúde, Unidades de Pronto Atendimento (UPA) ou até mesmo em casa. Segundo o infectologista Fernando Maia, a gripe é uma doença viral, que acomete principalmente as vias aéreas, e que pode causar quadros graves, principalmente em idosos e imunodeprimidos. “Os principais sintomas são febre, tosse, dor de cabeça e, nos casos graves, pneumonia com insuficiência respiratória e risco de morte. Qualquer vírus da gripe seja H1N1 ou a gripe comum pode fazer formas graves e óbitos. Os casos graves ocorrem principalmente em idosos, crianças e pessoas debilitadas.” O infectologista explica que vírus são agentes infecciosos que dependem de células vivas para se multiplicar. Quando um vírus causa infecção, a doença é chamada de virose. A maior parte destas doenças são tratadas com analgésicos, antitérmicos, hidratação e repouso. Também é recomendado que as pessoas  ingiram alimentos leves e de fácil digestão e bebam bastante água. O Infectologista ressalta que, apesar do vírus H1N1 não ser uma epidemia no Estado, é preciso tomar a vacina anualmente. Ele explica também que a vacina não protege contra as viroses respiratórias.  “A vacina protege apenas contra o vírus da Influenza A, B e da H1N1 que são vírus da gripe. Os demais são resfriados. Virose pode ser qualquer infecção viral. A vacina é usada contra esses vírus da gripe que provocam os casos mais graves, evoluindo até para a pneumonia que ela protege. O vírus comum não é capaz de evoluir para quadro graves”, explica o especialista, alertando que a vacina precisa ser repetida anualmente para que as pessoas estejam protegidas contra o vírus.