Saúde

Dietas pobres em carboidratos são eficazes

Especialista explica que a composição dos alimentos irá determinar como eles atuam no organismo das pessoas

Por Lucas França 30/12/2017 08h56
Dietas pobres em carboidratos são eficazes
Reprodução - Foto: Assessoria
Segundo os especialistas, algumas pesquisas realizadas mostram que as dietas pobres em carboidratos (Low Carb) com percentuais inferiores aos preconizados pelas diretrizes atuais e ricas em boas gorduras são eficazes para a redução de peso independente da contagem de calorias, sendo a exclusão de alimentos industrializados, ricos em açúcares sob as suas mais diversas denominações, como dextrose, maltodextrina, xarope de milho, xarope de malte, açúcar invertido. Inclusive, funcionam também para o tratamento de doenças como diabetes, síndrome dos ovários policísticos, obesidade, câncer e mal de Alzheimer A nutricionista Alane Costa, especialista em obesidade e pediatria e que utiliza a estratégia Low Carb, diz que a composição dos alimentos irá determinar de que forma eles atuam no organismo. “O consumo rotineiro de alimentos ricos em açúcar, como os chocolates e sobremesas em geral, por exemplo, promovem o aumento da produção de insulina pelo pâncreas o que, em longo prazo, poderá comprometer o adequado funcionamento do órgão, podendo levar o indivíduo a desenvolver resistência à insulina e diabetes”, explica Alane Costa. A nutricionista afirma que as saladas contém uma variedade de nutrientes, dentre eles, as fibras, que auxiliam no adequado funcionamento intestinal que, por sua vez, está diretamente relacionado à saúde do cérebro. “Devemos considerar que, quanto mais natural for a nossa alimentação, mais nutrientes ela nos fornecerá. Dessa forma, é preciso pensar em qualidade nutricional e não apenas em quantidades”, ressalta Alane. Técnica em enfermagem diz que sempre fez dieta para emagrecer A técnica de enfermagem Viviana Sant’Anna disse que sempre fez dieta e que muitas vezes voltou a engordar. “Fiz dieta com orientação de um nutricionista e endocrinologista. As dietas muito restritivas não funcionam porque o paciente com certeza vai abandonar. O ideal é comer de tudo com moderação. Sempre voltei a engordar novamente porque o nutricionista queria que perdesse muito peso em pouco tempo, com uma restrição alimentar muito grande e isso às vezes me fez desistir da dieta”, contou. A técnica de enfermagem contou que mudou totalmente a alimentação e mudou completamente os hábitos. “Mudei completamente minha alimentação. Troquei frituras por grelhados, assados, guisados, incluí muitas frutas e verduras, muita salada, cortei pão, refrigerante, bebidas alcoólicas, faço seis pequenas refeições por dia, bebo muita água e faço atividade física seis vezes por semana. Fazer dieta é bem complicado. Depende muito da força de vontade de cada pessoa. Sempre procurava alimentos saudáveis, mais a tentação pelos alimentos calóricos era muito grande. É muito difícil, pois a pessoa está acostumada a comer de tudo e, de repente, se vê privada de comer coisas ‘gostosas’. É complicado. Mas agora estou bem. Posso comer de tudo. A atividade física é muito importante no processo de emagrecimento, aliada a uma reeducação alimentar ’’, explicou. Viviana conta que passou por uma cirurgia bariátrica a sete meses e já conseguiu eliminar 22 quilos. “A quem diga que a cirurgia é o caminho mais fácil, mais não é. Somos obesos em eterna luta contra a obesidade. Mesmo com a cirurgia é preciso de reeducação alimentar”, esclarece. Já o estudante David Luã, de 22 anos, não passou por cirurgia, mas conta que vive de dieta desde mais jovem. “Pesava 126 quilos. Com dietas acompanhadas por um especialista e acompanhada de exercícios físicos cheguei a pesar 68. Atualmente estou com 79 quilos e seguindo uma alimentação balanceada”, conta. Segundo a nutricionista, os horários e as quantidades das refeições também podem interferir no bom ou mau resultado da dieta. “É importante comer quando sentimos fome, mas dentro de um cardápio balanceado, planejado individualmente, com alimentos que promovam saciedade e evitem maus hábitos alimentares como beliscar entre as refeições ou comer em demasia alimentos ricos em calorias, mas de pouco valor nutricional, fatores estes que estão diretamente relacionados a resultados insatisfatórios dentro de um planejamento alimentar”, ressalta.