Política

PF realiza operação contra fraude em aposentadoria rural em AL

Estão sendo cumpridos 24 mandados judiciais, sendo três prisões temporárias, nas cidades de Delmiro Gouveia, Água Branca e Canapi

Por Redação com assessoria com Tribuna Hoje 12/03/2018 08h10
PF realiza operação contra fraude em aposentadoria rural em AL
Reprodução - Foto: Assessoria
A Polícia Federal (PF) em Alagoas, em ação conjunta com a Secretaria de Previdência do Ministério da Fazenda e o Ministério Público Federal (MPF), deflagrou na manhã desta segunda-feira (12) a Operação Terra Prometida cujo objetivo é desarticular uma quadrilha especializada em fraudar benefícios de Aposentadorias por Idade Rurais, Pensões por Morte Rurais e Salários Maternidade Rurais. Segundo a assessoria de comunicação da PF em Alagoas, estão sendo cumpridos 24 mandados judiciais, sendo três prisões temporárias e 21 de busca e apreensão nas cidades de Delmiro Gouveia, Água Branca e Canapi. A Operação conta com a participação de mais de 80 policiais federais e de servidores da Secretaria de Previdência. “As investigações iniciaram em 2016, a partir de denúncias recebidas pela Coordenação-Geral de Inteligência Previdenciária [COINP] da Secretaria de Previdência, que realizou levantamento das irregularidades desde o ano de 2012. Identificou-se que o grupo criminoso vinha atuando há pelo menos cinco anos e era formado por dois servidores públicos, como também por dirigentes sindicais e intermediários” explica a PF. As investigações apontam que em 21 benefícios obtidos de forma fraudulenta, o esquema criminoso tenha provocado prejuízo superior a R$ 500.000,00 aos cofres públicos. “No entanto, os valores podem atingir a cifra de mais de dois milhões de reais após análise do material que está sendo apreendido neste momento”, completa a assessoria de comunicação da PF. Ainda de acordo com a PF, a desarticulação do esquema deve gerar economia de três milhões de reais em valores que seriam pagos futuramente. “As pessoas presas serão levadas para a sede da Polícia Federal em Maceió, onde serão indiciadas pela prática dos crimes previstos nos Artigos 171, § 3º (estelionato cometido contra entidade de direito público. Pena: 1 a 5 anos de reclusão), 313-A (Inserção de dados falsos no sistema de informações - Pena: 2 a 6 anos de reclusão) e 288 do código penal (Formação de quadrilha. Pena: 1 a 3 anos de reclusão) cujas penas somadas chegam a 14 anos de reclusão”, explica a assessoria de comunicação da PF. Mais informações serão repassadas pela PF em Alagoas no final da manhã desta segunda-feira. TERRA PROMETIDA A Operação foi denominada Terra Prometida em alusão aos dirigentes sindicais e intermediários que prometiam contratos de comodato rural e declaração de atividade rurícola para pessoas que nunca laboraram nas propriedades informadas nos referidos documentos, em troca de favorecer os mesmos com benefícios rurais. [video width="854" height="480" mp4="http://tribunahoje.com/wp-content/uploads/2018/03/Meu-Filme.mp4"][/video]   [video width="640" height="352" mp4="http://tribunahoje.com/wp-content/uploads/2018/03/WhatsApp-Video-2018-03-12-at-07.52.23-1.mp4"][/video]   [video width="640" height="352" mp4="http://tribunahoje.com/wp-content/uploads/2018/03/WhatsApp-Video-2018-03-12-at-07.52.23-2.mp4"][/video] (Vídeos: Ascom/PF)