Política

Previdências municipais são 'bomba-relógio', afirma diretor da CUT

Segundo Izac Jackson, municípios vão 'quebrar em cinco ou seis anos'

Por Carlos Amaral com Tribuna Independete 19/12/2017 07h51
Previdências municipais são 'bomba-relógio', afirma diretor da CUT
Reprodução - Foto: Assessoria
Diretores de sindicatos de servidores municipais e da Central Única dos Trabalhadores (CUT) em Alagoas protocolaram, nesta segunda-feira (18), junto à Associação dos Municípios Alagoanos (AMA) ofício para realização de audiência pública para discutir as previdências municipais. Para Izac Jackson, secretário de organização da CUT, os regimes próprios de previdência são uma “bomba-relógio” prestes a explodir. “Dos 78 municípios alagoanos com previdência própria, 58 estão quebrados, falidos. Se isso não for resolvido, daqui a cinco ou seis anos eles vão quebrar porque não será possível pagar duas folhas: a dos ativos e a dos aposentados. Viemos à AMA para que se faça uma audiência pública com os prefeitos e gestores dos fundos previdenciários para discutirmos o tema”, diz Izac Jackson. De acordo com o dirigente sindical, as causas da situação financeira das previdências municipais são a má gestão e o fato de os municípios não terem recursos. “Além de as gestões dos fundos serem usadas para colocar apadrinhados, muitos municípios aderiram ao regime próprio para não pagar a previdência dos servidores. Temos casos de não recolhimento da contribuição patronal e de o não depósito da contribuição dos servidores”, afirma Izac Jackson. Em nota, a AMA garantiu que o assunto “será uma das primeiras pautas a ser agenda na entidade após o recesso natalino, que inicia amanhã, dia 19, e encerra na segunda-feira, dia 02 de janeiro”.