Política

Prefeito de Campo Grande é preso em flagrante recebendo propina

Arnaldo Higino Lessa foi flagrado recebendo dinheiro de empresa que presta serviço à Prefeitura

Por Texto: Carlos Amaral com Tribuna Independente 24/11/2017 11h35
Prefeito de Campo Grande é preso em flagrante recebendo propina
Reprodução - Foto: Assessoria
Atualizada às 22h17 Nesta sexta-feira (24), a expressão popular “pego com a boca na botija” ganhou materialidade. O prefeito de Campo Grande Arnaldo Higino Lessa (PRB) foi preso em flagrante recebendo propina de um empresário que presta serviço à Prefeitura. Num vídeo divulgado pelo Ministério Público Estadual (MPE), o gestor conta maços de dinheiro e cobra uma parte que estaria faltando. O bote foi armado pelos promotores do Grupo Estadual de Combate às Organizações Criminosas (Gecoc) e do Grupo de Atuação Especial de Combate à Sonegação Fiscal e aos Crimes Contra a Ordem Tributária, Econômica e Conexos (Gaesf), com a colaboração do tal empresário, que não teve seu nome revelado. Segundo o procurador-geral de Justiça Alfredo Gaspar de Mendonça Netto, também partícipe da prisão de Arnaldo Higino Lessa, o gestor vinha sendo investigado há cerca de um mês. Em entrevista coletiva realizada na sede do Instituto Médico Legal (IML) de Maceió, local onde o prefeito de Campo Grande fez exame de corpo de delito e seguiu para prisão, Alfredo Gaspar adianta que o gestor deverá responder também por outros crimes. “O prefeito, num primeiro momento, será enquadrado por corrupção passiva, depois haverá ainda segunda denúncia a respeito de fatos paralelos a esse. Já temos provas materiais de outros delitos cometidos contra a administração por esse gestor”, diz o procurador-geral de Justiça. Ainda de acordo com ele, o MPE tem registro de desvios na ordem de R$ 500 mil. Contudo, esse número pode ser maior. “Ele [Arnaldo Higino Lessa] estava sendo contumaz em adquirir nota fria em troca de um percentual com empresários”, afirma Alfredo Gaspar. A defesa do prefeito não se manifestou sobre a prisão. https://www.youtube.com/watch?v=qP5wqnIuMxg Vídeo: Cortesia do Ministério Público Estadual