Polícia

Justiça determina prisão de 2 empresários em investigação da Lava Jato no RJ

Alvos estão ligados a irregularidades no sistema de transportes do estado; um deles foi preso em Curitiba e o outro está no exterior. Interpol já foi acionada

Por G1 09/08/2017 08h09
Justiça determina prisão de 2 empresários em investigação da Lava Jato no RJ
Reprodução - Foto: Assessoria

O juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Criminal Federal, no Rio, expediu mais dois mandados de prisão contra dois empresários da construção civil ligados ao esquema de corrupção envolvendo a Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do Rio de Janeiro (Fetranspor).

Na manhã desta quarta (9), um dos mandados foi cumprido contra o empresário Nuno Canhão Bernardes Gonçalves Coelho, em Curitiba, no Paraná. O outro suspeito, Guilherme Neves Vialle, está no exterior. A Difusão Vermelha da Interpol já foi pedida. A ação foi batizada como Gotham City.

Segundo as investigações, os empresários tentavam lavar dinheiro para Rogério Onofre, ex-diretor do Detro, e de sua esposa, Dayse Deborah Alexandra Neves, presos no início do mês passado.

Na época das prisões, a polícia federal encontrou documentos que sugerem a existência de contas no exterior em nome de Onofre e provas que indicam que Dayse e Onofre faziam a lavagem de dinheiro de recursos ilícitos mediante a compra de imóveis em construção com o grupo empresarial de Nuno e Guilherme. Ainda segundo a denúncia, os empresários são donos de diversas empresas no setor da construção civil.

A ação é um desmembramento da Operação Ponto Final, da Lava Jato. Nesta terça (8), o ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral (PMDB) virou réu pela 14ª vez na Lava Jato. O juiz Marcelo Bretas aceitou as duas denúncias apresentadas pelo Ministério Público Federal nesta terça-feira (8). Além de Cabral, também viraram rés outras 23 pessoas.

Todos os denunciados pelo MPF foram investigados durante a Operação Ponto Final, que desvendou um esquema criminoso no setor de transportes do estado. Segundo os procuradores, só o ex-governador pode ter recebido aproximadamente R$ 145 milhões em propinas.