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Conflito no Sudão do Sul fez 700 mil civis fugirem do país em 2017

Novo acordo de cessar- fogo entrou em vigor no dia 24 de dezembro, mas ataques continuaram

Por EFE e G1 18/01/2018 16h29
Conflito no Sudão do Sul fez 700 mil civis fugirem do país em 2017
Reprodução - Foto: Assessoria
Cerca de 700 mil cidadãos fugiram do Sudão do Sul para acampamentos de refugiados em Estados vizinhos durante o ano de 2017 por causa da guerra na qual o país está afundado desde 2013, informou a ONU nesta quinta-feira (18). Em um comunicado, o Escritório de Coordenação de Assuntos Humanitários das Nações Unidas (OCHA) esclareceu que mais de 70% desses cidadãos fugiram do país na primeira metade do ano passado, após a retomada dos combates nos estados de Alto Nilo (nordeste), Jonglei e nas regiões de Ecuatoria, no sul. O escritório da ONU indicou que a maioria dos civis fugiu para Etiópia, Uganda, Quênia e Congo "por medo dos assassinatos e ataques" por causa da sua etnia. Segundo as estimativas do OCHA, mais de 4 milhões de pessoas se deslocaram dos seus locais de origem no país. Entre eles, 1,9 milhão estão residindo em acampamentos de deslocados dentro do país e mais de dois milhões residem em campos de refugiados em países vizinhos. Violência O conflito no Sudão do Sul explodiu em dezembro de 2013 entre as forças do presidente, Salva Kiir, da etnia dinka, e as de seu ex-vice-presidente Riek Machar, da tribo nuer. Ambas partes alcançaram um acordo de paz em agosto de 2015 que levou à criação de um governo de unidade nacional, mas em julho de 2016 a violência ressurgiu. O novo acordo de cessação de hostilidades entrou em vigor no último dia 24 de dezembro, mas desde então o governo denunciou que os ataques continuaram e novos grupos armados se formaram.