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Número de mortos após inundações na Grécia sobe para 16

Água chegou a dois metros de altura e Mandra foi a região mais afetada

Por EFE e G1 16/11/2017 17h09
Número de mortos após inundações na Grécia sobe para 16
Reprodução - Foto: Assessoria

O número de mortos após as fortes chuvas e inundações ocorridas quarta em três municípios na região de Ática aumentou nesta quinta-feira (16) para 16, após um dos desaparecidos ter sido encontrado morto em Nea Peramos, informou o corpo de bombeiros grego.

Outros dois dos desaparecidos foram achados com vida, enquanto continuam as buscas por outras quatro pessoas que desde ontem têm seu paradeiro desconhecido.

Além disso, há 25 feridos, nenhum deles em estado grave.

O primeiro-ministro da Grécia, Alexis Tsipras, visitou hoje Mandra, a região mais afetada pelas chuvas e de onde eram 13 dos 16 mortos registrados até o momento, e presidiu uma reunião de urgência com o ministro do Interior, Panvos Skurtetis; o vice-ministro de Proteção Civil, Nikos Toskas; a presidente de Ática, Rena Duru, e responsáveis dos bombeiros.

O governo decretou luto nacional e várias atividades públicas foram suspensas, entre elas um debate parlamentar previsto para esta quinta-feira.

As chuvas de quarta-feira pela manhã transformaram ruas e estradas em potentes correntezas, achataram carros contra casas e alagaram vários prédios.

Parte de uma estrada destruída após enchente em Nea Peramos, na Grécia, na quinta-feira (16) (Foto: Reuters/Alkis Konstantinidis)

Várias vítimas viviam em casas abaixo do nível da rua e foram encontradas mortas nas suas casas, onde a água chegou a atingir dois metros de altura.

Por enquanto é impossível avaliar os danos materiais, mas as imagens transmitidas pelos canais de TV mostram um panorama de devastação.

Para toda a área foi decretado estado de alerta, e a região de Ática anunciou ontem que tinha ativado o protocolo para solicitar ajuda financeira urgente da União Europeia (UE).

As chuvas causaram deslizamentos nas montanhas próximas, onde incêndios recentes tinham arrasado grandes superfícies de floresta, deixando assim o monte sem proteção contra deslizamentos de terra.

Outro dos motivos que segundo os especialistas causaram tamanhos danos foi a construção desenfreada sobre antigos leitos de rios e o mal estado da drenagem.

Desde o começo da manhã, os trabalhos de resgate e limpeza estão sendo dificultadas por uma nova frente de chuvas em toda a Grécia.

Trata-se da maior catástrofe deste tipo desde novembro de 1977, quando 37 pessoas morreram em Atenas por causa de uma tempestade que inundou boa parte da capital.