Interior

Quatro ataques com agulhas de seringas são confirmados

HE do Agreste já atendeu três mulheres e uma criança vítimas das agressões; Polícia Civil instaura inquérito para apurar o caso

Por Davi Salsa com Tribuna Independente 23/02/2018 08h15
Quatro ataques com agulhas de seringas são confirmados
Reprodução - Foto: Assessoria
Os quatro casos já confirmados de ataques com agulhas de seringas, na cidade de Arapiraca, e tiveram como vítimas três mulheres e uma menina de dez anos de idade. A informação foi repassada à imprensa alagoana, nesta quinta-feira (22), pelo assessor-diretivo do Hospital de Emergência Daniel Houly, Paulo Roberto Pereira. Ele revelou que os ataques foram registrados em diferentes pontos da cidade, mas com muitas semelhanças em dois casos, com a participação de mulheres e crianças na ação criminosa. Em outra ação criminosa, uma mulher feriu outra com agulha de seringa, e, no caso da agressão à criança de dez anos, um homem foi o autor do ataque à menina, que estava brincando na porta de sua casa, entre os bairros Cacimbas e Manoel Teles, na periferia de Arapiraca. Paulo Roberto Pereira adiantou que a onda de ataques começou no dia 26 de janeiro e se estendeu até o dia 18 de fevereiro, de acordo com o levantamento feito pela direção juntamente com as equipes médicas e de enfermagem que atenderam às vítimas no hospital. Três vítimas foram encaminhadas para o Hospital de Doenças Tropicais (HDT), em Maceió, que é uma referência em casos suspeitos de contaminação por algum tipo de vírus. Uma mulher de 30 anos de idade, que reside na cidade de Limoeiro de Anadia, foi agredida no dia 26 de janeiro, no centro comercial de Arapiraca, mas somente procurou atendimento médico no Hospital de Emergência Daniel Houly, na quarta-feira (21), e foi encaminhada para o Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA) do município. Ainda de acordo com o diretor do HE do Agreste, a Polícia Civil e o Conselho Tutelar foram acionados para acompanhar todos os casos. Paulo Roberto Pereira disse que o hospital não sabe se os ataques aconteceram para assustar as pessoas ou se as agulhas estariam contaminadas com sangue ou outro líquido. “Adotamos todos os procedimentos recomendados para atender os pacientes, como também relatamos os casos para a polícia, a fim de evitar outras ações criminosas e garantir a segurança das pessoas”, explicou. Ontem (22), o delegado regional de Arapiraca, Thiago Prado, disse que a Polícia Civil instaurou inquérito para apurar os ataques com agulhas de seringas no município. Ele esclareceu que todas as informações foram colhidas no hospital e por meio da imprensa. Prado disse que a polícia, no momento, não tem pistas dos suspeitos das ações criminosas, uma vez que as vítimas ainda não procuraram a delegacia para registrar o Boletim de Ocorrência (B.O.).