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Grêmio vence Pachuca com gol de Everton na prorrogação e se garante na final

Após um duelo equilibrado, Everton anota o gol gremista no início da prorrogação

Por Globo Esporte 12/12/2017 18h09
Grêmio vence Pachuca com gol de Everton na prorrogação e se garante na final
Reprodução - Foto: Assessoria
Quem esperava que acabar com o planeta seria tarefa fácil, se enganou. Em um confronto árduo, com altíssimo ar de dramaticidade, o Grêmio reuniu forças para vencer o Pachuca por 1 a 0 no Estádio Hazza Bin Zayed, na tarde desta terça-feira (noite em Al Ain), e mantém a rota para o bi-mundial.

O único e sofrido gol saiu só na prorrogação, anotado por Everton. O atacante aproveitou assistência de lateral e fez os milhões de gremistas pelo mundo berrarem alto pelo sonho da taça do Mundial de Clubes.

Agora, o Grêmio espera pelo vencedor entre Real Madrid e Al Jazira, que se enfrentam às 15h desta quarta, no Zayed Sports City, em Abu Dhabi. A grande final ocorre às 15h de sábado, no Zayed Sports City.

Primeiro tempo duro Pachuca complicou o jogo no primeiro tempo (Foto: Reuters)

Em uma partida de xadrez do futebol, geralmente vence quem tem maior tranquilidade, foco, confiança. Em território árabe, os comandados de Renato Portaluppi pecaram ao acusar certa e incomum hesitação diante dos mexicanos. Quem esperava um Pachuca retrancado, errou, e de longe. O time de Keisuke Honza e companhia saiu para o enfrentamento e teve a maior posse de bola.

Em campo, foi como se o Grêmio jogasse sem o coração. Afinal, Arthur, a principal peça do time, acompanhou o jogo em estúdio da Globo, com proteção no pé esquerdo. E foi um desfalque to tamanho do planeta. Lado a lado, Jailson e Michel não apresentavam o mesmo rendimento, nem de longe.

Para as duas equipes, o mais importante era fechar a casa. Com esse cenário, os arremates do primeiro tempo foram todos de fora da área. Primeiro, com Honda, numa batida de canhota. Por sua vez, os Grêmio arriscou duas vezes, em cobrança de falta. Edílson e Fernandinho arriscaram, mas por cima de meta de Óscar Pérez. No suspiro final da etapa, Cortez se mostrou essencial ao afastar uma bola que sobrava para Honda.

Ascensão no segundo tempo Marcelo Grohe fez boa partida contra o Pachuca (Foto: Lucas Uebel/Divulgação Grêmio)

Após a “bronca” do chefe no intervalo, o Grêmio melhorou. Mas não sem antes levar um susto. De fora da área, Urretaviscaya arriscou chute venenoso. E o abençoado Grohe comprovou a fase iluminada e fez a defesa. Aos poucos, Renato oxigenava a equipe e apostou em Jael e Everton, para as saídas de Barrios e Michel. E o Tricolor tomou conta da partida.

Aos 14 minutos, Luan chamou a responsabilidade ao encontrar raro espaço em campo. Bateu com carinho, no cantinho, mas o veterano Ómar Pérez saltou para espalmar, a bola ainda rebateu na trave. Já aos 29, Renato chegou a comemorar o gol, mas a falta de Edílson foi nas redes pelo lado de fora. Os mexicanos ainda voltariam a dar um susto, em cabeçada de Urreta, próximo a trave de Grohe, para arrepiar as 3 almas gremistas presentes nas arquibancadas. Mas o placar não seria alterado no tempo normal.

Alívio na prorrogação Everton fez o gol da vitória (Foto: Reuters)

O drama gremista durou quatro minutos na prorrogação. Foi quando Everton, o menino gremista, arrancou em velocidade pelo lado esquerdo, após receber lateral de Bruno Cortez. O garoto de 21 anos e chutou forte, como um veterano. O baixinho Ómar Pérez se espichou todo, mas não evitou o xeque-mate tricolor.

Com a gigante vantagem de 1 a 0 e o cronômetro como o melhor amigo, o Grêmio jogou da forma que sabe. Relaxou, fez o jogo girar, valorizou a posse de bola. Sem força física e qualidade suficiente, o Pachuca sucumbiu ao melhor futebol do país. Ainda teve Guzman expulso, em falta dura em Léo Moura. Jael chegou a balançar as redes, mas estava impedido. Mas a vitória já estava escrita. E a classificação gremista soou mais do que justa, com direito a um recado: “Real Madrid, te espero no sábado”.