Educação

Estudante vence sarau de poesias com homenagem à força do povo alagoano

Aluna da Escola Estadual Moreira e Silva, Myrian Giovana conquistou o primeiro lugar no sarau de poesias promovido pela Seduc

Por Agência Alagoas 13/08/2017 12h51
Estudante vence sarau de poesias com homenagem à força do povo alagoano
Reprodução - Foto: Assessoria

A estudante Myrian Giovana Viana, aluna da 1ª série do ensino médio da Escola Estadual Moreira e Silva,  foi a vencedora do Sarau de Poesias Alagoas 200 anos que, este ano, foi a grande novidade do Encontro Estudantil da Rede Pública Estadual e que também integra a programação de atividades da Secretaria de Estado da Educação (Seduc) em homenagem ao bicentenário de emancipação do estado.

 

Concorrendo com textos de todo o estados – selecionados a partir das edições regionais do sarau – Myrian venceu a competição com um texto que homenageia a força do povo alagoano e alguns filhos ilustres do estado, a exemplo de Graciliano Ramos, Nise da Silveira, Aurélio Buarque de Holanda e Djavan.

 

Com uma maturidade impressionante para a sua idade – tem apenas 15 anos – Myrian conta que começou a escrever a poesia em setembro do ano passado, motivada por familiares e professores.  “A mensagem que eu quis passar foi que os alagoanos, sejam os ilustres ou aqueles que lutam todos os dias para o desenvolvimento do estado, são as maiores belezas dessa terra que tem uma natureza tão bela. Alagoas é um conjunto de gente forte e mares alegres”, frisa a garota.

 

A estudante fala ainda sobre a sensação de ter vencido o sarau. “ É algo indescritível, pois tivemos produções belíssimas. Fico muito feliz por ter escrito algo que represente o amor dos cidadãos alagoanos pelo estado e muito grata por ter tido a oportunidade de mostrar o que escrevo”, diz a garota.

 

O poema  - Confira abaixo, na íntegra, a poesia de Myrian Giovana, vencedora do Sarau de Poesia Estudantil Alagoas 200 anos:

 

Alagoas,

Brado o amor do teu povo,

Louvo tua glória ao lutar;

Mãe dos filhos sem pais

Que lutaram por paz

Até pouco aguentar.

Dandara,

Zumbi,

João,

Pisaram em teu chão

Cravando na terra

O peso de um lutar.

As armas da tua guerra

São tuas belezas,

Que clareiam os olhos

No amor do sol

Por teu mar.

Mu declamar hoje é infindo

Graças aos teus filhos,

Que divergindo de dialetos

Criaram certos conceitos

Para que a dor

Do meu peito

Eu pudesse cantar.

Ó terra sereia!

É impossível não apaixonar-se

Pelo queimar de tuas areias,

Pelas tuas rendeiras,

Pela fogueira

Que é o abraço

Do teu povo lutador,

Estes esperam dias de glória

Pelo que um dia

Na memória,

Na história,

Carregou.

Índio

Por grito

E por cor,

É responsável

Pela tela

Que o nosso sangue pintou.

Linda terra,

Teu solo é palco

Do meu bradar,

Diante do teu amar

Toda vez há de gritar

O amor que tem

Por ti, quimera.