Economia

Índice fecha quase estável ajudado por Vale e Petrobras

Ibovespa fechou com variação positiva de 0,01 por cento, a 85.232 pontos

Por Reuters 15/05/2018 00h30
Índice fecha quase estável ajudado por Vale e Petrobras
Reprodução - Foto: Assessoria
O principal índice de ações da B3 fechou quase estável nesta segunda-feira, com o avanço das ações da Vale e da Petrobras, além de outras exportadoras, compensando o efeito da queda das ações de bancos e o enfraquecimento nos pregões em Nova York. O Ibovespa fechou com variação positiva de 0,01 por cento, a 85.232 pontos, após oscilar entre a mínima de 84.687 pontos e a máxima de 86.105 pontos. Apesar do movimento, apenas 21 ações fecharam no azul, de um total de 67 papéis que compõem o Ibovespa. O volume financeiro no pregão totalizou 12,29 bilhões de reais. De acordo com profissionais da área de renda variável, os negócios locais foram contaminados pela enfraquecida nas bolsas em Nova York e também pelo movimento no câmbio doméstico, com o dólar revertendo perdas e passando a subir frente ao real após divulgação de pesquisa eleitoral. Pesquisa da CNT/MDA nesta segunda-feira mostrou que os pré-candidatos à Presidência da chamada centro-esquerda, como Ciro Gomes (PDT) e Marina Silva (Rede), apresentaram melhora na corrida eleitoral, enquanto houve aumento da rejeição ao pré-candidato do PSDB, Geraldo Alckmin. Na máxima, o dólar tocou 3,6416 reais para venda, em alta de 1,13 por cento, fechando negociado a 3,6281 reais, elevação de 0,76 por cento. No exterior, o índice acionário norte-americano S&P 500 encerrou o dia com variação positiva de 0,09 por cento, após avançar 0,5 por cento na máxima da sessão mais cedo. DESTAQUES - PETROBRAS ON e PETROBRAS PN subiram 4,15 e 3,14 por cento, respectivamente, conforme seguem apoiadas no cenário de preços do petróleo mais elevados e apostas positivas sobre a execução operacional da companhia, além de expectativas relacionadas ao acordo da cessão onerosa. A B3 autorizou a adesão da companhia ao segmento especial de listagem Nível 2 de melhores regras de governança corporativa. - EDP Brasil despencou 10,9 por cento, após a China Three Gorges confirmar oferta para a compra da Energias de Portugal (EDP) [EDP.LS], mas condicionada à não obrigação de uma oferta pública pela unidade da portuguesa no Brasil. Na sexta-feira, as ações fecharam com um salto de 15,56 por cento na expectativa por um eventual tag along na operação. - ESTÁCIO desabou 7,45 por cento, acumulando queda e quase 30 por cento desde a divulgação do resultado trimestral no final de abril, com muitos analistas avaliando que a queda tem sido exagerada. A rival KROTON recuou 0,45 por cento. No ano, contudo, Kroton recua quase 40 por cento e Estácio acumula perda ao redor de 20 por cento. - BRADESCO PN caiu 1,43 por cento e ITAÚ UNIBANCO PN perdeu 1,5 por cento, pesando no Ibovespa dada a relevante participação na composição do índice, em meio à piora generalizada do mercado. - VALE fechou com elevação de 3,12 por cento, em meio a nova alta do preço do minério de ferro à vista na China e beneficiada também pela valorização do dólar ante o real. O movimento do câmbio também ajudou SUZANO, que subiu 4,99 por cento. - BRF valorizou-se em 3,22 por cento, após recuar mais de 2 por cento na semana passada. No ano, a ação ainda acumula perda de cerca de 30 por cento. A União Europeia publicou nesta segunda-feira a decisão de abril de proibir importações de produtos de carne, especialmente aves, de 20 fábricas brasileiras que eram autorizadas a exportar ao bloco europeu, sendo 12 unidades da BRF. - CSN avançou 2,59 por cento, tendo no radar a divulgação do balanço do primeiro trimestre, previsto para após o fechamento do mercado. Ainda, o BTG Pactual elevou o preço-alvo das ações da companhia de 11 para 12 reais, mas manteve a recomendação ‘neutra’. - BRADESPAR PN subiu 3,18 por cento tendo de pano de fundo balanço do primeiro trimestre, que trouxe provisão de 555 milhões de reais relacionada à disputa judicial entre a Bradespar, Litel e Elétron. De acordo com a companhia, assessores jurídicos classificaram como prováveis as probabilidades de perdas relacionadas com esses litígios, mas em um valor líquido de 1,1 bilhão de reais, bem abaixo do valor de laudo homologado pela Justiça, que cabe recurso.