Economia

Almoçar fora de casa fica mais caro em Maceió

Em 2017, o valor médio da refeição era de R$ 32,43, segundo a ABBT; no NE, aumento comparado a 2016 foi de 5%

Por Lucas França com Tribuna Independente 20/03/2018 08h25
Almoçar fora de casa fica mais caro em Maceió
Reprodução - Foto: Assessoria
O peso dos custos da alimentação fora de casa aumentou 5% a mais que em 2017 para o trabalhador do Nordeste que usa voucher refeição (cartão ou papel) comparado com o ano anterior. Na capital alagoana, a média da refeição foi de R$ 32,43.  Os preços praticados em Maceió são: comercial ou prato feito R$ 26,68, autosserviço/quilo R$ 31,33 e o à la carte R$ 57,24. Os dados fazem parte da pesquisa Preço Médio da Refeição divulgada pela Associação Brasileira das Empresas de Benefício ao Trabalhador (ABBT). O preço médio da refeição completa saiu por R$ 33,39 contra R$ 31,82 na região. O valor está abaixo da média Brasil, que é de R$ 34,14. Mesmo assim, o reajuste no Nordeste ficou acima da inflação. A jornalista e empresária Luana Nunes costuma almoçar fora de casa de segunda à quinta-feira e disse que o aumento é notável. “Há dois anos eu almoço fora de casa. o aumento é perceptível no valor do quilo. Um dia eu como pagando pelo valor do peso e no outro eu almoço pagando o valor do prato pronto, que custa R$ 15,00. Além do almoço, alguns dias eu prefiro jantar em supermercado, pois todos os dias têm atribuições pessoais, após o trabalho, e comer perto do curso de inglês ou do estúdio de pilates é mais rápido para mim. A única refeição que faço em casa é o café da manhã. Mas, é importante frisar, que não faço feira de alimentos, somente de limpeza”, explica. Para a empresária, fazer as refeições fora de casa acaba sendo mais cômodo. “Minha rotina de trabalho é muito acelerada. Participo de muitas reuniões ao longo do dia. Não tenho doméstica e moro sozinha, comer fora de casa me proporciona mais agilidade, praticidade e uma economia equilibrada, se eu comparar com a época em que precisava fazer compras de alimentos, bebidas e carnes todo mês”, comenta. Já a comerciante Nadja Souza, disse que tinha o hábito de almoçar fora de casa, mas teve que mudar porque tudo aumentou até um simples lanche. “Geralmente eu comia fora de casa, mas agora nem tanto. Tudo mais caro. Atualmente quando necessário levo a marmita de casa. Geralmente só como fora a noite e raramente”, conta. No Nordeste, foram pesquisadas dez cidades. A mais cara é Aracaju (SE), com média de R$ 39,43. A mais barata é Jaboatão dos Guararapes (PE), com R$ 28,49. Em média os preços praticados em cada cidade são: Natal (RN), R$ 36,15, São Luís (MA), R$ 35,81, Salvador (BA) R$ 34,78, Teresina (PI) R$ 34,36, João Pessoa (PB) R$ 33,41, Fortaleza (CE) R$ 32,04 e Recife (PE) R$ 31,65. De acordo com a pesquisa, a cidade mais cara é Florianópolis (SC), o preço médio da refeição completa é de R$ 40,85. Já Campo Grande (MS) registrou o menor preço: R$ 26,23. Já em 2016, outro levantamento da Associação das Empresas de Refeição e Alimentação Convênio para o Trabalhador (Assert), conduzida pelo Instituto Datafolha em novembro de 2016, apontou que o custo aumentou 8%. Segundo a pesquisa, o preço das refeições fora de casa atingiu a média de R$ 32,94 naquele ano. Em 2015, o preço foi de R$ 30,48. ECONOMISTA De acordo com o economista Allisson Nascimento, o aumento da alimentação fora do domicílio no geral foi de aproximadamente 1,38%, acima da infração. A inflação fechou o ano em 2,95%. “A infração acumulou alta de 1,38% em relação a 2016. A melhor solução é levar a marmita de casa. Eu mesmo faço isso e economizo muito. Adquirindo esse hábito o trabalhado pode ter uma economia de aproximada de até 50% mensalmente”, ressalta.