Economia

Em Maceió, consumidores de baixa renda diminuem consumo e de alta renda aumentam

É o que indica a pesquisa de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) de novembro

Por Assessoria da Fecomércio Alagoas 30/11/2017 15h48
Em Maceió, consumidores de baixa renda diminuem consumo e de alta renda aumentam
Reprodução - Foto: Assessoria
Entre novembro e outubro, houve queda de 1,48% no consumo, em Maceió. É o que indica a pesquisa de Intenção de Consumo das Famílias (ICF), de novembro, realizada pelo Instituto Fecomércio de Estudos, Pesquisas e Desenvolvimento, em parceria com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). O levantamento registrou queda do consumo das famílias e indivíduos na capital pelo nono mês. Em novembro, em comparação ao mesmo período do ano passado, houve redução de 16,83%. As famílias das classes “C”, “D” e “E” são as que mais sentem as perdas de postos de trabalho e uma das consequências pode ser detectada na queda do consumo. Enquanto a redução do consumo de menor renda ocorre desde março, as famílias das classes A e B retomaram o consumo desde agosto, com redução em setembro e outubro e recuperação, em novembro. Em novembro, as famílias das classes “C”, “D” e “E” apresentaram redução do consumo 2,2%. Em relação ao mesmo período do ano passado, o acumulado corresponde a 15,89%. Para as famílias de alta renda, entre outubro e novembro, ocorreu elevação no consumo de 6,71%, mas permanece em um patamar menor do que no mesmo período do ano passado, queda de 25,52%. Para o assessor econômico da Fecomércio, Felippe Rocha, os motivos para a redução do consumo no geral dos consumidores de baixa renda e a elevação do consumo dos consumidores de alta renda se deve a diversos fatores, sendo o principal o emprego. “Os consumidores ainda se sentem afetados com a alta taxa de desocupação no Estado, pois um em cada seis trabalhadores na capital está desempregado, afetando a renda familiar e reduzindo o potencial de consumo”, explicou. Os consumidores de alta renda estão mais confiantes, mas apenas 0,8% a mais do que no mês passado. Segundo o economista, esse cenário ocorre mesmo os consumidores estando mais seguros com a manutenção do emprego atual, 2,4%. Esse percentual é superior ao mês passado (no geral) e 2,5% para as famílias de baixa renda. Do ponto de vista da melhora profissional, o indicador, no geral, é negativo em 3,6%, puxado pelos consumidores de baixa renda que reduziram suas perspectivas de melhoria profissional em 4%. Para os consumidores, não há melhora nos salários e nem em promoções no futuro. Os únicos otimistas são os cidadãos de alta renda, com elevação de 3,3% frente ao mês anterior. No indicativo sobre Renda Atual houve uma percepção de que a renda, comparada com o mesmo mês do ano passado, está menor ou que as famílias/consumidores estão com menos dinheiro, caindo 3,8%. Para as famílias de baixa renda, a sensação de que está com uma renda menor é 4,3% menor do que no mesmo mês do ano passado. O contrário na observação dos consumidores de alta renda e evidenciaram uma renda 0,8% maior do que novembro de 2016. Como os juros reduziram, o acesso ao crédito foi flexibilizado e facilitado no final de ano. A pesquisa aponta melhora significativa nas compras a prazo, no geral, um aumento de 2,7%, enquanto as famílias de baixa renda elevaram seu consumo em 2,5%. Por último, as famílias de renda maior, aumentaram a aquisição de produtos em 4,7% em compras parceladas. O nível de consumo atual (presente) é, no geral, 3,7% menor do que em setembro. E 6,2% menor para as famílias de baixa renda. O contrário é observado pelas classes A e B, onde ocorreu elevação do consumo em 12,3%. A tendência de redução do consumo é percebida também para as perspectivas de consumo para os próximos 6 meses, enquanto no geral e na baixa renda é de redução de 8,5% e 9,8%, respectivamente. Aqueles de situação onde a renda se insere nas faixas A e B, pretendem elevar seu consumo em pelo menos 11,4%. Para Felippe, com o crédito facilitado e as compras a prazo em viés de melhora, o momento para aquisição de bens duráveis está sensivelmente melhor para todas as faixas de renda. No geral, apresenta uma melhora de 2,6%, para baixa renda apenas 0,1%, mas aqueles de renda superior elevaram seu consumo em 37,2%. A pesquisa sobre o ICF foi realizada nos últimos 10 dias de outubro com os consumidores da capital alagoana. Foram entrevistados 500 pessoas em diversos pontos de comércio de Maceió.