Economia

Dólar sobe e fecha acima de R$ 3,30 nesta terça-feira

Moeda dos EUA subiu 0,33% e fechou a R$ 3,3094, maior cotação desde 4 de julho

Por G1 14/11/2017 16h48
Dólar sobe e fecha acima de R$ 3,30 nesta terça-feira
Reprodução - Foto: Assessoria

O dólar fechou em alta nesta terça-feira (14), acima de R$ 3,30, com os investidores mais cautelosos antes do feriado e com maiores apostas de que os juros nos Estados Unidos subirão de novo neste ano.

A moeda dos EUA avançou 0,33% frente ao real, encerrando o dia a R$ 3,3094 na venda, maior cotação desde 4 de julho de (R$ 3,3102).

Na máxima do dia, o dólar atingiu R$ 3,3137, segundo a Reuters.

Pela manhã, o dólar operou em queda ante o real, com o mercado mais animado com as perspectivas de votação da reforma da Previdência ainda neste ano após o presidente Michel Temer anunciar que fará uma reforma ministerial que pode garantir mais apoio político ao governo no Congresso Nacional.

"A probabilidade de aprovação (da reforma da Previdência) continua maior do que a 2,3 semanas atrás", avaliou a corretora Guide em relatório ao acrescentar que "o governo está fazendo sua parte e procura solidificar a sua base de apoio".

A saída do governo do ministro das Cidades, Bruno Araújo (PSDB), anunciada no final da tarde na véspera, levou Temer a antecipar uma reforma ministerial, que deve estar concluída até meados de dezembro. O movimento pode aumentar o espaço de partidos do centrão que, ao contrário dos tucanos, votaram praticamente coesos na rejeição das duas denúncias criminais contra o presidente.

Apesar do viés mais favorável na cena política, investidores mantinham a prudência à espera de que essa estratégia do governo de fato aumentará o apoio político. Não por menos, o dólar continua longe do patamar ao redor de R$ 3,15 que prevaleceu na primeira metade de outubro, destaca a Reuters.

Cenário externo

O aumento das apostas sobre uma nova elevação dos juros neste ano nos Estados Unidos vieram após a divulgação de que os preços ao produtor do país subiram mais do que o esperado em outubro (+0,4 por cento), impulsionados pelo aumento no custo dos serviços e que deram força às expectativas de aumento gradual da inflação.

Os dados mantêm o Federal Reserve, banco central norte-americano, no caminho certo para aumentar as taxas de juros em dezembro. Taxas mais altas têm potencial para atrair à maior economia do mundo recursos aplicados hoje em outras praças financeiras, como o Brasil.