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Apoio ao artesanato é marca da atuação da Codevasf no Baixo São Francisco

No Dia do Artesão, 19 de março, profissionais celebram apoio para produção e comercialização de produtos

Por Assessoria da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba 19/03/2018 14h25
Apoio ao artesanato é marca da atuação da Codevasf no Baixo São Francisco
Reprodução - Foto: Assessoria
A arte de transformar matérias-primas, como palha, cerâmica, fios, renda, entre outros, em produtos de valor comercial, tem contribuído para geração de emprego e renda de diversos artesãos residentes na área de atuação da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf). No Baixo São Francisco, por exemplo, com seu trabalho manual, eles têm contribuído para valorização e preservação da cultura local. Esses profissionais - homenageados nesta segunda-feira (19), no Dia do Artesão - têm recebido apoio da Codevasf e gerado emprego e renda para muitas famílias nos estados de Sergipe e Alagoas. Em Aracaju (SE), uma vez por ano dezenas de artesãos de vários municípios sergipanos se reúnem durante três dias para expor seus trabalhos e comercializar suas peças na sede da Codevasf. Esse encontro ocorre no Feirão de Artesanato e Produtos Regionais, ação idealizada pela Companhia para incentivar o artesanato no estado e que desde a sua criação, em 2003, tem contribuído para fortalecer a atividade e os negócios de pequenos produtores no estado. Em Santana do São Francisco, localidade antigamente conhecida como Carrapicho e considerada a capital sergipana da cerâmica em barro, dezenas de artesãos participam todos os anos do evento comercializando itens dos mais diversos, como peças de decoração, vasos e utensílios domésticos. O Feirão de Artesanato e Produtos Regionais, de acordo com os participantes do município, ajudou a projetar a atividade e impulsionar a economia local. O artesão José Antônio Santos, conhecido como ‘Bebel’, expõe seu trabalho na feira desde a primeira edição e reconhece a importância do apoio da empresa. “Só temos a agradecer tudo o que a Codevasf tem feito por nós. O feirão é bom para as vendas e também divulga o nosso trabalho, pois a gente acaba conhecendo muita gente, inclusive de outros estados, e conseguindo muitas encomendas”, afirma o artesão. “Se depender da gente, essa parceria vai durar por muitos anos”, acrescenta ‘Bebel’. O incentivo ao artesanato não se restringe somente ao município de Santana do São Francisco. Na última edição do feirão, realizada em dezembro do ano passado, foi registrado um número recorde de participantes, com cerca de 100 artesãos e produtores expondo seus trabalhos. César Mandarino, superintendente regional da Codevasf no estado de Sergipe, diz que o evento representa uma oportunidade de crescimento para os participantes. “O feirão é uma marca da empresa e que significa muito para cada um dos artesãos que participam do evento. Temos a convicção de que ele contribui para a geração de renda em diversas comunidades rurais e, por isso, planejamos continuar fortalecendo e ampliando o nosso apoio a esse setor”, explica o superintendente. Para a artesã Maria das Graças Rocha, do município de Propriá, o apoio da Codevasf é fundamental para as suas vendas de bordados. “É muito prazeroso participar da feira, porque é um evento com grande público e aceitação e que conta com produtos de qualidade. E um fator importante é que participamos gratuitamente, enquanto todas as outras feiras são pagas. Realmente só podemos agradecer por isso”, declara. Com 16 edições já realizadas, o Feirão de Artesanato e Produtos Regionais é promovido pela Codevasf propicia a artesãos e produtores familiares o contato com novos consumidores e a ampliação do seu faturamento. Um dos principais benefícios proporcionados é a oportunidade para que os participantes possam fechar negócios que tornem a sua atividade sustentável, garantindo o fornecimento de peças ao longo do ano. Incentivo ao artesanato alagoano Integrante de um grupo de mulheres que produzem cosméticos à base de leite de cabra na Cooperativa de Mulheres da Agricultura Familiar do Sertão Alagoano (Natucapri), no município de Maravilha, sertão de Alagoas, Ana Patrícia Alves, vê no trabalho de artesã uma satisfação pessoal e uma oportunidade de negócio utilizando a matéria-prima da agricultura familiar do semiárido. “Para mim, ser artesã significa um grande prazer em trabalhar com essas mulheres. Além de artesã, também somos agricultoras familiares. O leite de cabra de uma de nossa artesã é a base de nossos produtos. Nesse Dia do Artesão, deixo como mensagem que todos sigam em frente e corram atrás desse sonho que é o artesanato. Gosto muito do trabalho que fazemos há 11 anos e não vamos desistir jamais”, contou a artesã da Natucapri. Outra profissional que celebra o Dia do Artesão é Gilvaneide dos Anjos, que junto com um grupo de mulheres produz há 10 anos biojoias e acessórios artesanais utilizando o couro de tilápia na Associação de Artesãs de Couro de Tilápia (Estação Cangaço) em Piranhas, sertão de Alagoas. “Ser artesã para mim é a transformar em obra de arte algo que iria para o lixo. Esse é um trabalho digno feito por mim mesmo, do qual eu sei o valor e a qualidade. Falo para todos os artesãos que nunca desistam. Tenha perseverança, pois estamos trabalhando há 10 anos e um dia chegamos lá”, disse. A artesã da Estação Cangaço também destacou os investimentos da Codevasf no empreendimento de economia criativa. “O apoio que a Codevasf nos dá até hoje com as máquinas e equipamentos nos auxiliou bastante na melhoria e na qualidade de nosso trabalho”, afirmou a artesã Gilvaneide dos Anjos. Somente em 2017, a Codevasf investiu quase R$ 20 mil no repasse de equipamentos para estruturação das atividades da Estação Cangaço como máquina de costura industrial, máquina de coluna, motoesmeril e balancim. Em 2015, os investimentos foram de mais de R$ 15 mil em equipamentos, como prensa pneumática, máquina de costura ziguezague industrial, compressor de ar, entre outros. A Natucapri também recebe investimentos da Codevasf para fortalecimento do empreendimento de economia criativa. Em 2016, foram investidos pela companhia cerca de R$ 2,4 mil para o repasse de equipamentos como máquina de corte e vinco, máquina de fabricação de sabonete, entre outros.