Cidades

Geólogos vão criar banco de dados para estudar tremores de terra no Pinheiro

Especialistas ficam em Maceió até o próximo dia 27 para realizar mapeamento

Por Ana Paula Omena com Tribuna Hoje 19/06/2018 11h55
Geólogos vão criar banco de dados para estudar tremores de terra no Pinheiro
Reprodução - Foto: Assessoria
Desde 2008 o bairro do Pinheiro em Maceió, vem sofrendo com fissuras e rachaduras nos imóveis, porém somente este ano no mês de fevereiro, um tremor de terra tornou a situação dos moradores da área ainda mais evidente. Há alguns meses a Defesa Civil do Município esteve nos locais afetados juntamente com geólogos da Universidade do Rio Grande do Norte (UFRN), no entanto, as causas e consequências dos abalos ainda seguem sem respostas. Nesta terça-feira (19), uma equipe de pesquisadores da Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM), vinculada ao Serviço de Geologia do Brasil, chegou à capital para dar continuidade às análises no bairro do Pinheiro onde fissuras se transformaram em crateras após o tremor de terra registrado há quatro meses. Dinário Lemos, coordenador da Defesa Civil Municipal, enfatizou que muitas casas apresentam rachaduras e fissuras e algumas delas já foram evacuadas no sentido de garantir segurança para as vidas. "Cada dia se tem uma história nova com esse abalo sísmico e estamos  analisando todas as situações", disse. [caption id="attachment_110101" align="alignleft" width="287"] Dinário Lemos, acompanha trabalho de geólogos.[/caption] Um banco de dados está sendo criado com detalhes sobre os tremores de terra, sobretudo o comportamento das fissuras, bem como todos os lados geológicos. De acordo com Dinário Lemos, a equipe da CPRM ficará em Maceió até o dia 27 de junho para que posteriormente se faça uma reunião no dia 3 de julho por vídeoconferência onde a geofísica vai expor qual será o próximo passo do que pode está causando esses abalos. Geólogos, engenheiros e Defesa Civil estiveram na manhã de hoje em uma das casas que sofreu bastante com os tremores de terra em fevereiro. A mãe da proprietária do imóvel, dona Julieta Cahet, revelou que a filha Ana Beatriz Cahet já gastou com os prejuízos dos abalos o valor que daria para comprar outra casa. "O piso já foi modificado seis vezes, minha filha já gastou muito com essa casa, são muitas rachaduras por toda a parte, sala, quintal, área externa, nenhum cômodo escapa", lamentou. Pâmela Penélope conta que a casa dela foi a primeira a ser interditada pela Defesa Civil antes mesmo do abalo sísmico. "Estamos vivendo de aluguel, eu, esposo e filha de 2 anos. É angustiante não sabermos notícias, estamos no prejuízo, tivemos que desocupar nossa casa e ninguém diz nada...", criticou. "Criamos um grupo no WhatsApp e a falta de informação é geral, a única resposta é de que estão fazendo estudo, mas até agora sem nada concreto, nem da causa e nem da consequência", frisou. [gallery ids="110102,110103,110105,110106,110107,110111,110112" columns="4"]