Cidades

Greve dos caminhoneiros afeta voos no Aeroporto Zumbi dos Palmares

Quatro dias de protestos provocaram provocaram redução da frota de ônibus, corrida aos postos, desabastecimento de supermercados e mercados e prejuízos nas produções em fábricas

Por Tribuna Hoje, com G1 25/05/2018 09h35
Greve dos caminhoneiros afeta voos no Aeroporto Zumbi dos Palmares
Reprodução - Foto: Assessoria

Um relatório da Infraero emitido nesta quinta-feira (24) apontou que já havia situação crítica de falta de combustível em sete aeroportos administrados pela estatal, em razão da greve de caminhoneiros: Maceió, Recife, Ilhéus, Goiânia, Palmas, Carajás (PA), São José dos Campos (SP) e Uberlândia (MG).

A greve dos caminhoneiros que acontece em todo o país entra no seu quarto dia e agora afeta também, além das rodovias a aviação civil. Em nota, a Infraero informou que está monitorando o abastecimento nos terminais e alertou que os operadores das aeronaves façam seus planejamentos. "A Infraero está monitorando o abastecimento de querosene de aviação por parte dos fornecedores que atuam nos terminais e já alertou aos operadores de aeronaves que avaliem seus planejamentos de voos para que cada um possa definir sua melhor estratégia de abastecimento de acordo com o estoque disponível na origem e destino do voo. A Infraero compreende o direito de manifestação, mas entende que os protestos devem ocorrer sem afetar o direito de ir e vir das pessoas, bem como a segurança das operações aeroportuárias." Nesta sexta-feira (25), a empresa Azul anunciou o cancelamento de oito vôos, entre eles, um que partiria de Maceió com chegada em Recife. O desabastecimento de combustível no aeroporto seria o principal motivo para o cancelamento. Segundo o relatório da Infraero, o aeroporto Zumbi dos Palmares, em Maceió, teria combustível suficiente até 12h de ontem. Quarto dia

Pelo 4º dia seguido, caminhoneiros fazem manifestações em 25 estados e no Distrito Federal causando reflexos por todo o país. Os atos nesta quinta-feira (24) são contra a disparada do preço do diesel que faz parte da política de preços da Petrobras, em vigor desde julho.

Os protestos provocaram a redução nas frotas de ônibus em várias cidades e foram usados como desculpas para donos de postos cobrarem valores abusivos de até R$ 10, mas já falta combustíveis e há filas nos postos. São vários os relatos de desabastecimento em supermercados, principalmente de hortifrutigranjeiros; hospitais suspenderam procedimentos por conta de falta de medicamentos; fábricas de diversos segmentos pararam suas produções; há possibilidade de racionamento de energia em Rondônia e falta de água no Rio de Janeiro e regiões do Rio Grande do Sul. Aeroportos funcionam normalmente, mas já há registros de cancelamentos de voos.

RECOMENDAÇÕES As companhias aéreas e a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) estão orientando os passageiros em todo o País e recomendam aos viajantes se informarem antes de se dirigirem aos aeroportos até que a situação se normalize. A Agência está acompanhando o abastecimento dos terminais e os possíveis impactos às operações.