Cidades

Estudo realizado por geofísicos não aponta causa concreta para rachaduras

Gestores estiveram em Brasília para viabilizar continuidade de estudos no bairro

Por Texto: Lucas Alcântara com Tribuna Hoje com Secom 23/05/2018 16h48
Estudo realizado por geofísicos não aponta causa concreta para rachaduras
Reprodução - Foto: Assessoria
Atualizada às 17h30 O estudo feito por geofísicos da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) sobre o tremor em Maceió e rachaduras no bairro do Pinheiro não apontou um fator concreto que pudesse justificar os fenômenos. A sugestão é que seja feito um estudo mais profundo na área e um novo mapeamento com até 50 metros de profundidade seja realizado. Gestores da Prefeitura de Maceió estiveram em Brasília, nesta quarta-feira (23), para viabilizar, junto ao Governo Federal, a continuidade dos estudos que buscam identificar as causas das fissuras registradas no bairro do Pinheiro. A partir de agora, com a necessidade de levantamentos mais aprofundados, um grupo de trabalho será criado com a participação de técnicos da Defesa Civil de Maceió, da Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil, do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) e da Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM). A ida dos gestores municipais a Brasília aconteceu após a emissão do relatório preliminar elaborado pelos professores doutores da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), que vieram a Maceió no mês de abril e realizaram estudos com a utilização de um GPR, equipamento que permite a visualização do subsolo. Segundo o documento, encaminhado ontem (22) à Defesa Civil, o equipamento alcançou uma profundidade média de 15 metros, no entanto não foi identificada qualquer estrutura que justificasse a ocorrência do fenômeno. Com isso, os professores recomendaram a utilização de outros recursos técnicos de geologia. “Desde os primeiros registros das fissuras, a Prefeitura se mobilizou para realizar os levantamentos necessários conforme a competência da gestão municipal. Trouxemos os professores da UFRN, recebemos o relatório dos primeiros levantamentos e, de acordo com a necessidade de ampliar estes estudos, viemos a Brasília para discutir com o Governo Federal as próximas medidas. Garantimos o apoio e contaremos com a integração da CPRM e do DNPM, além dos professores que iniciaram os estudos, que devem orientar as etapas seguintes. O grupo será estabelecido e nas próximas semanas uma reunião será realizada em Maceió”, explicou o titular da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Sustentável (Semds), Gustavo Acioli Torres, gestor da pasta responsável pela Defesa Civil de Maceió. Além de Torres, também participaram da reunião o secretário-adjunto Especial de Defesa Civil, Dinário Lemos, o assessor técnico da Semds, Heverton Vitorino, e o coordenador de ações e contingência da Defesa Civil, Arthur Rodas. Do Governo Federal, participaram o secretário nacional de Proteção e Defesa Civil, Renato Newton Ramlow, o diretor-geral do DNPM, Victor Hugo Froner Bicca, e o chefe da Divisão de Geofísica da CPRM, Luiz Gustavo Pinto, que colaborou com a discussão por meio de videoconferência.