Cidades

Seminário em Maceió discute direitos da população LGBT

Coordenador de Políticas para Diversidade Sexual da Semas, Roberto Junior, falou sobre cenário de violência contra população LGBT em Alagoas

Por Secom 17/05/2018 18h54
Seminário em Maceió discute direitos da população LGBT
Reprodução - Foto: Assessoria
Como parte da programação do mês da visibilidade contra a LGBTFOBIA (lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais), a Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas), por meio da Coordenação de Políticas para a Diversidade Sexual, realizou a 3ª edição do Seminário Maceioense da População LGBT. Este ano, o seminário trouxe o tema ‘Visibilizar É Resistir e Nós Resistimos! Porque Ainda Precisamos Falar Sobre a Visibilidade LGBT’. O seminário ampliou o debate sobre temas contemporâneos relacionados à diversidade sexual e ao enfrentamento das várias formas de discriminação e violências sofridas pela população LGBT. Durante o evento, o coordenador de Políticas para a Diversidade Sexual da Semas, Roberto Junior, falou sobre o cenário de violência contra a população LGBT em Alagoas. “ Segundo dados de uma pesquisa, a cada 19 horas um LGBT é assassinado ou se suicida vítima da LGBTFOBIA, o que faz do Brasil o campeão mundial desse tipo de crime. Segundo o Grupo Gay da Bahia (GGB), essa média é de 4,6 pessoas assassinadas por mês. Somente em 2017, ano considerado como o mais violento desde 1970 contra pessoas LGBTs, segundo o GGB, foram 445 pessoas mortas em todo o Brasil. Sendo 23 pessoas em Alagoas, os crimes no Estado são os mais diversos, desde crimes de ódio com requintes de crueldade ao suicídio”, detalhou. Para Roberto Júnior, Maceió se destaca porque possui um conjunto de leis municipais que dão visibilidade a pessoas LGBTs e uma delas é a lei de n°. 5.771/09, que cria o Dia Municipal de Combate à Homofobia em Maceió, que é comemorado nesta quinta-feira (17). “Temos a compreensão de que é necessário ousar e garantir a consolidação de políticas públicas que promovam a cidadania das pessoas que estão vulneráveis socialmente e historicamente. O propósito é construir diálogos para fortalecimento e respeito da diversidade de gênero e cultural dos indivíduos”, ressaltou Roberto. Para a secretária municipal de Assistência Social, Celiany Rocha, esse é um mês especial, oportuno para combater a discriminação e a violência contra a população LGBT e discutir políticas públicas voltadas para o público.“Nesta gestão, criamos o primeiro Conselho LGBT de Maceió, pensando na garantia de direitos do público. O seminário é um espaço para construirmos ações efetivas que melhorem a qualidade de vida da população LGBT”, pontuou a gestora. Durante o seminário, aconteceram mesas redondas discutindo temas variados, como violência contra a população LGBT e afirmação da cidadania.