Cidades

Alagoas recebe sismógrafo da Universidade do Rio Grande do Norte

Equipamento é capaz de detectar qualquer tipo de abalo sísmico e deve auxiliar especialistas em estudo sobre tremor na capital

Por Lucas França com Tribuna Independente 24/04/2018 09h29
Alagoas recebe sismógrafo da Universidade do Rio Grande do Norte
Reprodução - Foto: Assessoria
A Coordenadoria Estadual de Defesa Civil de Alagoas recebe nesta terça-feira (24), quatro professores da Universidade Federal de Rio Grande do Norte (UFRN). Eles virão ao estado para ceder um sismógrafo – equipamento capaz de detectar qualquer abalo sísmico e, portanto, auxiliar os especialistas que trabalham no sentido de descobrir as causas do tremor de terra registrado em Maceió, no início do mês de março. Os doutores da UFRN irão apresentar o equipamento na sede da Defesa Civil. Em seguida, os docentes federais realizarão uma palestra sobre os abalos, que ocorreram no bairro do Pinheiro. Segundo o major Moisés Melo, coordenador estadual da Defesa Civil, os sismógrafos, produzem sismogramas, onde registram os tempos de chegada e as amplitudes dos vários tipos de ondas sísmicas. “Com o estudo dos sismos, será possível conhecer a estrutura interior da terra, o que vai nos auxiliar no planejamento de segurança que estamos traçando. Este equipamento é de fundamental importância para integrar a rede de monitoramento sismográfico”, explica. O equipamento será instalado na manhã de hoje (24) na sede da Defesa Civil. Os especialistas em sismologia da UFRN vai explicar como funciona e irão também analisar as rachaduras encontradas no bairro do Pinheiro, parte que foi mais afetada pelo tremor registrado em março. FISSURAS Na última quinta-feira (19), uma equipe de geólogos também da UFRN chegou à capital e foi direto fazer uma inspeção no bairro e nas residências afetadas com as rachaduras que começaram a aparecer no dia 15 de fevereiro deste ano. A equipe também vai trabalhar para tentar esclarecer o tremor de terra ocorrido na tarde do dia 3 de março. Os especialistas chegaram a Maceió com objetivo de responder qual ou quais os fenômenos que estão ocorrendo no bairro. De início, Francisco Pinheiro, doutor em Geologia Sedimentar, que lidera a equipe que está em Maceió disse que não tem como dar um parecer sobre o ocorrido. Os geólogos e os especialistas em sismologia devem trabalhar juntos para esclarecer os fenômenos.